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PF investiga suposto esquema entre policiais rodoviários

Cerca de 600 agentes da Polícia Rodoviária Federal são acusados de cobrar propina para permitir a circulação de mercadorias proibidas pelas rodovias federais do Rio

Várias cartelas de medicamentos, entre elas de Pramil, foram apreendidas (Divulgação/Polícia Federal)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 22h07.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de corrupção que envolve aproximadamente 80 dos cerca de 600 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atuam no Estado do Rio. Eles são acusados de cobrar propina para permitir a circulação de mercadorias proibidas pelas rodovias federais do Rio.

Em outros casos, segundo a denúncia, o grupo apreende as mercadorias, mas não registra a ação na delegacia, ficando com o material para vendê-lo. A denúncia foi divulgada nesta quinta-feira (1) pelo jornal "O Globo". A PF não se manifestou, alegando que a investigação ainda está em curso, em segredo. O Ministério Público Federal (MPF) também não se pronunciou sobre a denúncia.

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Segundo o jornal, a investigação começou em 2009 e envolveu escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e a infiltração de agentes na quadrilha. Mais de cem pessoas já foram identificadas e denunciadas à Justiça Federal e ao Ministério Público. Além de policiais rodoviários federais, estão envolvidos policiais civis e militares.

Donos de transportadores ou motoristas que não pagavam a propina exigida eram punidos com fiscalização minuciosa nos postos da PRF, mesmo quando estavam com a documentação em dia. Para evitar essa burocracia, até os empresários que não tinham nenhuma pendência legal acabavam aceitando pagar propina aos policiais. Pelas estradas federais do Estado do Rio circulam diariamente cerca de 100 mil caminhões, segundo as entidades do setor.

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