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PF faz operação para prender quadrilha de contrabando

As ordens judiciais estão sendo executadas em cidades paranaenses, gaúchas e catarinenses


	Brasão da Polícia Federal: ao longo da investigação foram feitos diversos flagrantes e prisões de servidores públicos por corrupção.
 (Polícia Federal/Divulgação)

Brasão da Polícia Federal: ao longo da investigação foram feitos diversos flagrantes e prisões de servidores públicos por corrupção. (Polícia Federal/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (25) a Operação Fractal para desarticular uma organização criminosa que atua no contrabando de cigarros e na exploração de jogos ilegais no Paraná. Segundo a PF, policiais participam do esquema. Ao todo, 250 policiais federais cumprem 40 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 29 mandados de condução coercitiva.

As ordens judiciais estão sendo executadas em cidades paranaenses (Curitiba, Maringá, Medianeira, Foz do Iguaçu, Faxinal e Matinhos), gaúchas (Porto Alegre e Canoas) e catarinenses (Laguna e Joinville).

Segundo a PF, as investigações, que começaram em 2010, apontaram que a quadrilha tinha o reforço de policiais militares lotados, na maioria, em rotas de contrabando no noroeste do Paraná. Além de facilitar a passagem da mercadoria do grupo, eles extorquiam dinheiro de contrabandistas concorrentes, repassando parte dos valores e dos produtos desviados de apreensões ao núcleo central do esquema.

A organização criminosa era liderada por um assessor de um deputado estadual do Paraná e por oficiais da Polícia Militar em postos estratégicos, de acordo com as investigações.

A PF informa, em nota, que “a soma dos valores oriundos da corrupção e repassada ao assessor e seus contatos na corporação militar paranaense chegou a centenas de milhares de reais.” O lucro com as atividades ilícitas, segundo o texto, permitiu “a obtenção de grande patrimônio por parte dos integrantes da quadrilha, sendo que parte dos imóveis, bem como valores, foram bloqueados por decisão judicial”.


Ao longo da investigação foram feitos diversos flagrantes e prisões de servidores públicos por corrupção. A investigação, que está em segredo de Justiça, deverá promover outras diligências.

A Operação foi batizada de Fractal devido à capilaridade detectada nas investigações, que levou a quadrilha a se infiltrar em todas as esferas do estado do Paraná. “Por um conceito matemático, fractal seria um objeto que apenas encontraria regras na irregularidade, com grande capilaridade, definindo bem a atuação do grupo”, explica a nota.

Foram verificados, durante as investigações, indícios de que a organização criminosa buscava influência em setores das polícias Militar, Civil e Federal; Receita Federal; Ministério Público Estadual e Assembleia Legislativa do Paraná.

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