Agente da Polícia Federal: número foi anunciado em entrevista coletiva de balanço das Operações da PF referentes ao ano passado (Divulgação/Polícia Federal)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2015 às 17h47.
Brasília - A Polícia Federal informou nesta quarta-feira, 8, que conduz atualmente investigações referentes ao desvio de recursos públicos que somam R$ 19,2 bilhões.
Não estão inclusas nesse montante, contudo, duas grandes operações em curso, como a Zelotes, que apura esquema de fraude e de compra de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), e a Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.
De acordo com a PF, os números referentes à Zelotes não foram incluídos porque a operação só foi deflagrada este ano. Já em relação à Lava Jato, a operação havia sido enquadrada inicialmente como crime financeiro e, portanto, não está nesses R$ 19 bilhões.
O número foi anunciado em entrevista coletiva de balanço das Operações da PF referentes ao ano passado.
De acordo com a PF, em 2014 a PF deu início a 54 operações para investigar desvios de recursos públicos, número inferior às 56 operações deflagradas em 2013 com o mesmo objetivo. De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desde que ele assumiu o comando da pasta, o objetivo da PF é priorizar o combate ao crime organizado.
"Queria deixar bem claro que a PF continuará em combate contra o crime organizado, em especial a corrupção, os crimes financeiros e o tráfico de drogas", disse Cardozo, que comanda a pasta à qual a Polícia Federal está vinculada.
No total de operações conduzidas pela PF, o órgão informou que houve um aumento de 303 para 390 entre 2013 e 2014. O dado é referente a todo tipo de operação conduzida pela PF. Apenas no ano passado, a PF calcula que os crimes que estão sendo investigados por essas operações tenham provocado um prejuízo na ordem de R$ 6,8 bilhões aos cofres públicos.
Além disso, há uma estimativa que se conseguiu evitados prejuízos de R$ 2,8 bilhões com essas operações. Questionado sobre o cálculo dos prejuízos evitados, o diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslaim Santana, não deu detalhes e disse que esse número é fornecido pelos órgãos parceiros da PF em cada operação como Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU).
Além de Santana, participaram no anúncio dos resultados da PF o diretor-geral da PF, Leandro Daiello e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.