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PF apura tráfico de urânio para grupos extremistas

Os suspeitos podem ter fornecido o urânio para radicais extremistas para ser enriquecido e usado na produção de energia nuclear usada em atos terroristas


	Urânio: os suspeitos podem ter fornecido o urânio para radicais extremistas para ser enriquecido e usado na produção de energia nuclear usada em atos terroristas
 (Getty Images)

Urânio: os suspeitos podem ter fornecido o urânio para radicais extremistas para ser enriquecido e usado na produção de energia nuclear usada em atos terroristas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 13h32.

Goiânia - Uma operação da Polícia Federal concentrada em Goiás e que ocorre nesta quinta-feira, 26, em mais seis Estados, investiga uma quadrilha suspeita de tráfico intenso de pedras preciosas e minérios como o urânio. Cinco pessoas foram presas em Goiás.

Os suspeitos podem ter fornecido o urânio para radicais extremistas para ser enriquecido e usado na produção de energia nuclear usada em atos terroristas.

A PF ainda não divulgou os nomes dos presos nem os locais das prisões. Os suspeitos responderão, entre outros crimes, por usurpação de matéria-prima pertencente à União e formação de organização criminosa. As penas, somadas, podem chegar a 37 anos de prisão.

Ao todo foram expedidos 58 mandados contra empresários e comerciantes do ramo de pedras preciosas e de minérios. Goiás é grande produtor de ambos. São 10 mandados de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e 29 conduções coercitivas.

Em torno de 200 agentes da PF estão envolvidos na operação em Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Pará, Pernambuco e Tocantins.

Rota

A polícia informou que os produtos saíam do Brasil com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, passando por Portugal, Bélgica e Israel, antes de chegar ao grupo extremista para quem o contrabando estava direcionado, cujo nome não foi divulgado ainda. As investigações duraram cerca de dois anos.

Os investigadores apontam que a organização criminosa é formada por duas células. Uma atua fortemente na comercialização ilegal de pedras preciosas, composta em sua maioria por empresários do ramo e pequenos comerciantes de joias.

A outra célula seria composta por autônomos e pequenos empresários que comercializariam, mediante fraude, títulos da dívida pública e moeda estrangeira, em transações financeiras envolvendo bancos venezuelanos. Os investigadores suspeitam que a movimentação com moedas e títulos estaria vinculada aos processos de lavagem de dinheiro do grupo criminoso.

A operação foi batizada de "Soldner" em referência a mercenários "para quem o valor do dinheiro é capaz de suprimir os próprios valores morais", divulgou a PF.

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