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Petroleiros da Petrobras entram em greve nesta segunda-feira

A decisão ocorre depois da rejeição da segunda contraproposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)

Petrobras (Germano Lüders/Exame)

Petrobras (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 08h48.

Os petroleiros da Petrobras iniciaram uma greve nacional por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 15, após rejeitarem a contraproposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A paralisação foi aprovada em assembleias realizadas em todo o país e é coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne sindicatos da categoria. Segundo a federação, a adesão tende a ser ampla e segue os trâmites previstos na Lei de Greve.

Entre os principais pontos da mobilização estão a defesa de um ACT considerado robusto pelos trabalhadores, a distribuição da riqueza gerada pela companhia, a solução para os planos de equacionamento de déficit da Petros (PEDs) e a suspensão de desimplantes forçados.

A FUP afirma representar cerca de 100 mil trabalhadores do setor de petróleo, por meio de sindicatos filiados, e classificou a proposta da empresa como insuficiente diante dos resultados financeiros da Petrobras.

“Enquanto a Petrobras desembolsou, apenas nos 9 primeiros meses deste ano, R$ 37,3 bilhões em dividendos, a categoria recebeu uma contraproposta de ACT com 0,5% de ganho real, além de retrocessos e diferenciações de direitos entre trabalhadores da holding e das subsidiárias”, disse a federação.

A entidade também critica a condução das negociações pela atual gestão da estatal, presidida por Magda Chambriard.

Em comunicado à Agência Brasil, a Petrobras informou que mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais e que participa de reuniões regulares para discutir a pauta de reivindicações.

A empresa declarou ainda que apresentou uma nova proposta na semana passada, com avanços para a categoria, e que respeita o direito de manifestação dos empregados. Segundo a estatal, medidas de contingência poderão ser adotadas para garantir a continuidade das atividades, se necessário.

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