Petrobras teria pago R$ 31 bi a empresas suspeitas, diz Veja
De acordo com a reportagem, o valor teria sido pago pela estatal aos fornecedores desde 2003, ano em que PT assumiu a Presidência
Tatiana Vaz
Publicado em 13 de abril de 2014 às 17h06.
São Paulo – A Petrobras teria pago 31,1 bilhões de reais para um conjunto de empresas suspeitas de participar da Operação Lava-Jato , que investiga sinais de corrupção nos contratos da estatal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
As informações foram levantadas pelo site de Veja.
De acordo com a reportagem, o valor teria sido pago pela Petrobras aos fornecedores desde 2003, ano em que o PT assumiu a Presidência da República.
Entre as empresas suspeitas estariam as maiores empreiteiras do país.
O site levantou os contratos fechados pela estatal com 14 fornecedores que estão sendo investigados por suspeita de destinar recursos a empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef.
Ele e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teriam montado um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio do qual a MO Consultoria, uma firma em nome de laranjas de Youssef, recebia dinheiro dessas fornecedoras da estatal.
Ainda sob investigação, o esquema tem como objetivos cogitados o enriquecimento ilícito da quadrilha e o financiamento de partidos e políticos, segundo a Polícia Federal.
Segundo dados da consultoria Economática, a estatal perdeu 12 bilhões de reais no mês passado na bolsa brasileira, período no qual o Ibovespa recuou 1,14%. Boa parte da queda é atribuída aos maus resultados de 2013 apresentados pela empresa.
No final de fevereiro, o valor de mercado da estatal era de 172,8 bilhões de reais.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.