Brasil

Petrobras nega saída de Graça Foster em meio polêmica

As ações da companhia petrolífera estão na mira dos investidores desde sexta-feira

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 15h44.

Rio de Janeiro - A Petrobras desmentiu nesta quarta-feira em comunicado enviado ao mercado a suposta renúncia ou cassação de sua presidente, Graça Foster, em meio a polêmicas por um reajuste dos preços dos combustíveis que provocou uma forte queda das ações da companhia.

A empresa enviou o comunicado para esclarecer diferentes aspectos da nova política de preços que discutiu com o governo e que adotou desde sexta-feira, assim como para desmentir diferentes versões geradas pelo debate.

"Em relação a especulações sobre a saída da presidente Maria das Graças Foster, a Petrobras rejeita qualquer afirmação dessa natureza", disse o comunicado.

As ações da companhia petrolífera estão na mira dos investidores desde sexta-feira, quando o governo anunciou um reajuste de preços dos combustíveis e deixou em dúvida se está disposto a conceder os incrementos periódicos previstos na nova política da empresa.

Diante dessa dúvida, as ações ordinárias da Petrobras caíram 10,37% na segunda-feira e os títulos preferenciais perderam 9,21%, números que representam suas maiores perdas em um só dia em vários anos.

Apesar da alta de 4% no preço da gasolina e de 8% no do diesel anunciadas na sexta-feira, a empresa aliviou momentaneamente os cofres da estatal, não cumpriu a expectativa da companhia de igualar os preços internos com os internacionais.

A empresa acumula perdas significativas por cobrar no país preços inferiores aos do mercado internacional e precisa importar grande parte dos combustíveis consumidos no Brasil, pelos quais paga valores internacionais.


Para permitir uma convergência entre os preços locais e os internacionais, a Petrobras propôs no mês passado a adoção de um sistema de reajuste periódico de preços que leve em conta os valores no mercado mundial.

A nova política de preços começou sem que fossem divulgados os detalhes e após ser discutida com o governo, mais preocupado com combater a inflação.

No comunicado ao mercado, a Petrobras esclareceu que a metodologia de definição de preços aplicada a partir deste mês já leva em conta "variáveis como o preço de referência dos derivados no mercado internacional e a taxa de câmbio, assim como a origem do derivado vendido, ou seja, se foi refinado no Brasil ou importado".

A empresa acrescentou que a nova política não prevê altas automáticas, mas a definição de "faixas de reajuste", que permitem a sua direção definir as altas e baixas "à luz da dinâmica dos mercados doméstico e internacional".

As versões sobre a destituição de Foster surgiram depois que o governo admitiu ser contra a decisão da Petrobras de divulgar que estudava uma nova política de preços antes que fosse oficialmente aprovada. 

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGás e combustíveisGraça FosterIndústria do petróleoMulheres executivasPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

Ao vivo: Lula faz pronunciamento sobre balanço de 2024

Vai chover no Natal? Defesa Civil de SP cria alerta para o feriado; veja previsão

Acidente em MG: Motorista de carreta envolvida em tragédia se entrega após passar dois dias foragido

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina