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"Pediu que não me esquecesse dos pobres", diz Papa Francisco após morte de Hummes

O papa citou os anos de dedicação de d. Cláudio à Igreja, "sempre pautado pelos valores evangélicos", e o seu empenho na Amazônia

O Vaticano informou que o papa recebeu, “com profundo pesar", a notícia da morte do cardeal (LightRocket/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2022 às 12h46.

Última atualização em 5 de julho de 2022 às 12h59.

O papa Francisco enviou um telegrama de pesar pela morte do cardeal d. Cláudio Hummes ao arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal d. Odilo Scherer.

Na mensagem, Francisco recordou o conselho que recebeu do cardeal brasileiro quando se tornou papa. “Trago sempre vivas na memória as palavras que d. Cláudio me disse no dia 13 de março de 2013, pedindo-me que não me esquecesse dos pobres”, escreveu.

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O Vaticano informou que o papa recebeu, “com profundo pesar", a notícia da morte do cardeal nesta segunda-feira, 4, em consequência de um câncer, aos 87 anos.

O papa citou os anos de dedicação de d. Cláudio à Igreja, "sempre pautado pelos valores evangélicos", e o seu empenho na Amazônia.

O cardeal ganhou notoriedade mundial na eleição de Francisco quando apareceu ao lado do papa no balcão da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Aposentado, mas ativo em discretas funções pastorais, d. Cláudio era amigo de muitos anos do cardeal argentino Mário Jorge Bergoglio. O pedido para que não se esquecesse dos pobres influenciou Bergoglio na escolha do nome que adotaria como papa. “A escolha teve a influência de São Francisco", disse d. Cláudio na ocasião.

Leia a mensagem enviada pelo papa Francisco a d. Odilo:

“Quero assegurar-lhe dos sufrágios que elevo ao altíssimo pelo eterno descanso deste querido irmão. Minhas preces são também de gratidão a Deus pelos longos anos de seu dedicado e zeloso serviço, sempre pautado pelos valores evangélicos, à Santa Mãe Igreja nos diversos encargos pastorais que lhe foram confiados tanto no Brasil quanto na Cúria Romana, e por seu empenho em anos recentes pela Igreja que caminha na Amazônia. Trago sempre vivas na memória as palavras que dom Cláudio me disse no dia 13 de março de 2013, pedindo-me que não me esquecesse dos pobres."

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