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Paulistano fica refém de bombas, gás e tiros de borracha

Diversas pessoas ficaram feridas durante o quarto dia de protesto do Movimento Passe Livre contra o aumento das tarifas do transporte público

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 08h08.

São Paulo - As bombas de gás lacrimogêneo que a Polícia Militar soltou nesta quinta-feira, 13, na manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) atingiram e colocaram em risco moradores, pedestres e passageiros de ônibus na hora do rush na Consolação, no centro de São Paulo.

Como as ruas da região não foram bloqueadas, motoristas ficaram ilhados no meio do gás. Mais tarde, o confronto se espalhou pela Avenida Paulista, que ficou bloqueada das 20h30 às 22h.

Foi a quarta manifestação do MPL em duas semanas. Em todas, houve confronto, mas nenhuma foi tão violenta. Ao todo, foram 105 feridos (50 na Paulista e 55 na região da Consolação). Cerca de 130 pessoas foram detidas pela polícia.

Na Consolação, a batalha principal foi das 19h10 às 19h35. De um lado, a Tropa de Choque jogava bombas e disparava balas de borracha. Do outro, manifestantes respondiam com pedras, lixeiras e fogos de artifício.

No meio, estavam pessoas que tentavam voltar para casa, como a designer Andressa de Oliveira, moradora de Higienópolis. Após buscar a filha de 2 anos na creche, ela teve de parar seu C3 prata na Rua Caio Prado. "Nunca vi nada igual, achei até que ia morrer."

Toda a Consolação no sentido centro estava parada, repleta de carros, ônibus e gás lacrimogêneo. O frentista Ronaldo Faria de Camargo, de 61 anos, desmaiou intoxicado. Ao lado do posto, uma caçamba com lixo foi incendiada. O músico Daniel Freitas estava em um táxi quando os manifestantes roubaram o extintor do veículo. "Não temos para onde correr."

Um morador de rua de 14 anos foi atingido por uma bala de borracha na Avenida Angélica. Algumas bombas de gás caíram no câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) da Rua Marquês de Paranaguá. A Universidade Mackenzie, também na Consolação, suspendeu as aulas.


A Consolação foi liberada às 20h, mas os protestos continuaram. Às 20h30, barricadas haviam sido erguidas por manifestantes na Augusta, que seguiram até a Avenida Paulista. Na frente do Conjunto Nacional, jovens e PM entraram em confronto mais uma vez.

Negociação

O embate começou quando a Tropa de Choque jogou uma bomba de efeito moral na aglomeração de manifestantes que saíam da Praça Roosevelt para a Rua da Consolação. Até então, o clima da marcha de quase 10 mil pessoas era pacífico, desde a saída do Teatro Municipal, por volta das 18h20. Manifestantes gritavam frases contra violência.

O combinado com a PM era ir até a Praça Roosevelt, onde chegaram pouco depois das 19h. O MPL então tentou mudar o trajeto combinado e subir a Rua da Consolação para pegar a Avenida Brasil até o Ibirapuera.

Nessa hora, o tenente-coronel da PM Ben-Hur Junqueira Neto estava na esquina com a Rua Doutor Cesário Mota Júnior em um bloqueio formado por motos, esperando para falar com lideranças do movimento.

Manifestantes avançaram e cruzaram o bloqueio e a Tropa de Choque entrou em ação.Quando os manifestantes furaram o bloqueio, o major Lidio Costa Junior, do Comando de Policiamento de Trânsito, avisou: "Não nos responsabilizamos mais pelo que vai acontecer". (Colaborou Felipe Tau). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - As bombas de gás lacrimogêneo que a Polícia Militar soltou nesta quinta-feira, 13, na manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) atingiram e colocaram em risco moradores, pedestres e passageiros de ônibus na hora do rush na Consolação, no centro de São Paulo.

Como as ruas da região não foram bloqueadas, motoristas ficaram ilhados no meio do gás. Mais tarde, o confronto se espalhou pela Avenida Paulista, que ficou bloqueada das 20h30 às 22h.

Foi a quarta manifestação do MPL em duas semanas. Em todas, houve confronto, mas nenhuma foi tão violenta. Ao todo, foram 105 feridos (50 na Paulista e 55 na região da Consolação). Cerca de 130 pessoas foram detidas pela polícia.

Na Consolação, a batalha principal foi das 19h10 às 19h35. De um lado, a Tropa de Choque jogava bombas e disparava balas de borracha. Do outro, manifestantes respondiam com pedras, lixeiras e fogos de artifício.

No meio, estavam pessoas que tentavam voltar para casa, como a designer Andressa de Oliveira, moradora de Higienópolis. Após buscar a filha de 2 anos na creche, ela teve de parar seu C3 prata na Rua Caio Prado. "Nunca vi nada igual, achei até que ia morrer."

Toda a Consolação no sentido centro estava parada, repleta de carros, ônibus e gás lacrimogêneo. O frentista Ronaldo Faria de Camargo, de 61 anos, desmaiou intoxicado. Ao lado do posto, uma caçamba com lixo foi incendiada. O músico Daniel Freitas estava em um táxi quando os manifestantes roubaram o extintor do veículo. "Não temos para onde correr."

Um morador de rua de 14 anos foi atingido por uma bala de borracha na Avenida Angélica. Algumas bombas de gás caíram no câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) da Rua Marquês de Paranaguá. A Universidade Mackenzie, também na Consolação, suspendeu as aulas.


A Consolação foi liberada às 20h, mas os protestos continuaram. Às 20h30, barricadas haviam sido erguidas por manifestantes na Augusta, que seguiram até a Avenida Paulista. Na frente do Conjunto Nacional, jovens e PM entraram em confronto mais uma vez.

Negociação

O embate começou quando a Tropa de Choque jogou uma bomba de efeito moral na aglomeração de manifestantes que saíam da Praça Roosevelt para a Rua da Consolação. Até então, o clima da marcha de quase 10 mil pessoas era pacífico, desde a saída do Teatro Municipal, por volta das 18h20. Manifestantes gritavam frases contra violência.

O combinado com a PM era ir até a Praça Roosevelt, onde chegaram pouco depois das 19h. O MPL então tentou mudar o trajeto combinado e subir a Rua da Consolação para pegar a Avenida Brasil até o Ibirapuera.

Nessa hora, o tenente-coronel da PM Ben-Hur Junqueira Neto estava na esquina com a Rua Doutor Cesário Mota Júnior em um bloqueio formado por motos, esperando para falar com lideranças do movimento.

Manifestantes avançaram e cruzaram o bloqueio e a Tropa de Choque entrou em ação.Quando os manifestantes furaram o bloqueio, o major Lidio Costa Junior, do Comando de Policiamento de Trânsito, avisou: "Não nos responsabilizamos mais pelo que vai acontecer". (Colaborou Felipe Tau). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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