O ministro das Relações Exteriores brasileiro Antonio Patriota: “A primeira prioridade agora é um cessar-fogo. É o fim da violência” (©AFP / Evaristo Sa)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2012 às 13h03.
Brasília – Em meio ao agravamento da violência na Síria e a retirada do embaixador e dos funcionários da representação brasileira do país, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou hoje (20) que há uma situação de alerta. Patriota disse ainda que o acirramento da situação na região provoca uma sensação de imprevisibilidade. Segundo ele, a única solução no momento é um cessar-fogo imediato.
“A primeira prioridade agora é um cessar-fogo. É o fim da violência”, disse Patriota, ressaltando que o emissário da Organização das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, criou um “grupo de ação” na tentativa de conter a violência na região e executar o plano de paz. O chanceler se disse confiante na possibilidade de ser aprovada ainda hoje a manutenção dos observadores estrangeiros em território sírio.
O chanceler lembrou que o acirramento da crise foi provocado pelo ataque de um homem-bomba há dois dias que causou a morte de 26 pessoas, inclusive dos ministros da Defesa, Daoud Rajha, e do Interior, Assef Shawkat, cunhado do presidente sírio, Bashar Al Assad. Só ontem (19), Organizações não governamentais indicam que 300 pessoas morreram na região.
“[Há] um alerta. A situação está se deteriorando, há um grau elevado de imprevisibilidade sobre o que vai ocorrer nos próximos dias”, disse Patriota. “Evitar viagens à Síria seria o mais prudente a não ser que haja uma razão humanitária de doença ou alguma coisa nesse sentido”, acrescentou.