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Partidos me procuraram desesperados, diz Jucá sobre fundo

Relator do Orçamento, o senador disse que incluiu aumento do fundo partidário porque foi procurado por líderes "desesperados" por mais recursos


	Romero Jucá, do PMDB: "quero dizer que fui relator do Orçamento, mas fui procurado pelas lideranças de todos os partidos, desesperados por não terem recursos"
 (José Cruz/ABr)

Romero Jucá, do PMDB: "quero dizer que fui relator do Orçamento, mas fui procurado pelas lideranças de todos os partidos, desesperados por não terem recursos" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 17h32.

Brasília - Relator do Orçamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu, nesta quinta-feira, 23, a presidente Dilma Rousseff por ter sancionado o aumento do fundo partidário e disse que incluiu essa emenda no projeto porque foi procurado por líderes partidários "desesperados" por mais recursos.

"Quero dizer que fui relator do Orçamento, mas fui procurado pelas lideranças de todos os partidos, desesperados por não terem recursos", afirmou em discurso na tribuna do Senado.

Segundo Jucá, as legendas pediram que o fundo partidário neste ano chegasse a R$ 1,2 bilhão, mas, por causa do ajuste econômico, ele resolveu apresentar uma emenda com valor menor.

Inicialmente, o projeto do Orçamento enviado pela presidente Dilma estabelecia que seriam repassados aos partidos políticos R$ 289 milhões.

Com a alteração feita por Jucá, esse valor passou para R$ 867,5 milhões.

Ao contrário do que sugeriu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que a presidente deveria ter vetado esse aumento, Jucá afirmou que Dilma não poderia ter tomado essa medida, porque isso prejudicaria o funcionamento de todos os partidos.

"Quero fazer justiça à presidente Dilma. Ela não poderia vetar os recursos do Fundo Partidário, pois ou vetava tudo ou nada", disse Jucá.

A falta de sintonia entre os discursos na cúpula do PMDB também foi reforçada pelo vice-presidente Michel Temer, que chegou a afirmar que a presidente contingenciaria esses gastos, para só mais tarde ser avisado de que isso não poderia acontecer, já que se tratam de recursos de execução obrigatória.

Para tentar remediar a situação, Temer afirmou que o partido vai devolver 25% dos novos recursos aos cofres do Tesouro. O partido, porém, ainda não sabe a que mecanismo legal recorrer para fazer essa operação.

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