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Parlamento é meu e Presidência é de vocês, diz Bolsonaro a deputados

"Quanto mais lei o país tem, é sinal de que não está indo no caminho certo", disse Bolsonaro na Câmara dos Deputados ao entregar proposta de mudança na CNH

Bolsonaro apresentou uma proposta para dobrar o número de pontos para para a suspensão da CNH (Marcos Corrêa/Flickr)
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Reuters

Publicado em 4 de junho de 2019 às 14h24.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um projeto de lei que altera pontos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a aproveitou para fazer um afago aos parlamentares.

Em um breve discurso, Bolsonaro disse que "quanto mais lei o país tem, é sinal de que não está indo no caminho certo". O raciocínio do presidente é o de que o povo tem consciência dos seus deveres e não precisaria de mais leis — a proposta enviada apresenta uma série de liberalizações.

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"Agradeço à recepção e para dizer que o 'Parlamento é meu e a Presidência é de vocês'", disse o presidente, que tem tido um relação muitas vezes tensa com o Congresso.

Entre as alterações do projeto, ele dobra de 20 para 40 o número de pontos para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e também duplica a validade do documento, para 10 anos.

Ao receber a proposta das mãos do presidente, Maia disse que a Câmara já tem uma pauta extensa de agendas de mudanças econômicas, como a reforma da Previdência, mas essa agenda entregue por Bolsonaro "atinge diretamente o dia a dia do trabalhador brasileiro, também é importante que faça parte da nossa pauta".

Em rápida fala à imprensa, Bolsonaro disse que a proposta cada vez mais consolida os interesses que se tem no futuro do Brasil e destacou que há muita coisa para ser vista, como as reformas da Previdência e tributária.

Dessa vez, Bolsonaro veio à Câmara em carro oficial — havia a expectativa de que ele fosse a pé apresentar o texto.

O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, afirmou que o projeto não vai atrapalhar a tramitação da Previdência. "De jeito nenhum", disse ele, ao avaliar que a matéria poderá ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o final do ano.

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