Exame Logo

Para retorno às aulas, USP Leste cerca terreno poluído

O câmpus, localizado à beira da Rodovia Ayrton Senna, na zona leste da capital paulista, ficou seis meses interditado por decisão judicial em janeiro deste ano

USP Leste: Justiça só autorizou no mês passado a reabertura da unidade (LottusF1/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 15h18.

São Paulo - Para garantir o retorno às aulas na USP Leste, marcado para segunda-feira, 18, a unidade teve de cercar com tapumes de metal praticamente toda a área central da unidade - que é onde a maior parte de terras poluídas foram descartadas.

Além disso, alguns dutos e bombas para extrair gases tóxicos podem ser vistos em salas do prédio, como também fica claro que há obras de instalação ainda em andamento na unidade.

Veja também

O câmpus, localizado à beira da Rodovia Ayrton Senna, na zona leste da capital paulista, ficou seis meses interditado por decisão judicial em janeiro deste ano.

O motivo foi a contaminação por gás metano e o descarte de terras contaminadas no câmpus.

A Justiça só autorizou no mês passado a reabertura da unidade, que abriga a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da universidade.

Além do cercamento do local, o terreno onde há o solo poluído recebeu grama. A professora Elizabete Franco Cruz, do curso de Obstetrícia, faz críticas à forma como a universidade foi desinterditada.

"Todos nós queremos que a USP Leste seja desinterditada, mas a universidade deveria ter tirado a terra contaminada e, consequentemente, esse tapume", afirma.

"A USP deveria ter sido mais ágil e avançado mais no processo de combate à contaminação do tereno."

O reitor da USP, Marco Antonio Zago, esteve na Câmara Municipal de São Paulo para falar da situação do câmpus neste semana.

Ele falou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga áreas poluídas na cidade e reafirmou que a responsabilidade pelo descarte das terras foi do ex-diretor Jorge Boueri.

O ex-diretor responde a uma sindicância interna na universidade e o Ministério Público também investiga sua atuação na autorização do descarte. Ele não foi encontrado para comentar.

A promotoria ainda investiga se parte desse material saiu do terreno onde foi construído o Templo de Salomão, no Brás, da Igreja Universal.

Nesta semana, cerca de 50 alunos da EACH fizeram manifestação no local. Na terça-feira, 19, vereadores que fazem parte da CPI prometem fazer uma diligência na unidade.

Acompanhe tudo sobre:Ensino superiorFaculdades e universidadesPoluiçãoTerrasUSP

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame