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Para ministra, racismo é menor do que o esperado na Copa

Representante afirmou que país está aproveitando a competição para dar visibilidade à diversidade étnica e contribuir para promover a igualdade entre as etnias


	Copa: ministra diz ser necessário que imagens dos torcedores nos jogos mostrem diversidade existente
 (Siphiwe Sibeko / Reuters)

Copa: ministra diz ser necessário que imagens dos torcedores nos jogos mostrem diversidade existente (Siphiwe Sibeko / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 16h02.

Rio de Janeiro - A ministra-chefe da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, afirmou nesta sexta-feira que as manifestações racistas até o momento na Copa do Mundo são em menor número que o esperado.

A representante afirmou, além disso, que o Brasil está aproveitando a competição para dar visibilidade à diversidade étnica e contribuir para promover a igualdade entre as etnias.

"A competição que envolve 32 países é o momento ideal para agirmos, pois diferentes culturas estão reunidas. Essas manifestações são estranhas ao ser humano", disse Luiza.

"Os casos estão sendo seriamente apurados pela Polícia Federal. Colhemos denúncias para identificar e notificar os envolvidos. Queremos melhorar o panorama até o dia 13 de julho", afirmou a ministra em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

A ministra acrescentou que, para alcançar esse objetivo, é necessário que as imagens dos torcedores nos jogos mostrem essa diversidade existente e não apenas famílias brancas.

Sobre manifestações racistas registradas durante a Copa, a titular destacou as que apareceram nas redes sociais, "que foram mais frequentes que nos estádios".

Quanto à atuação do governo perante as situações de discriminação racial nos estádios, explicou que é necessária a parceria com a Fifa, que é o organismo encarregado do acompanhamento destes atos dentro das instalações.

Quanto às manifestações racistas fora dos campos, o procedimento consiste em dar lugar à denúncia, identificar os autores e enviá-los ao Ministério Público.

Luiza analisou, ainda, que o fato de que a discriminação esteja no ponto de mira do Executivo e dos veículos de imprensa é um sinal de maturidade da sociedade.

"O racismo deixou de ser naturalizado. As pessoas estão com o olhar mais treinado para perceber isso, como algo negativo para a sociedade como um todo. Deixou de ser natural as pessoas irem aos estádios para dizer algo sobre o pertencimento racial ou da sexualidade da outra", conluiu.

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