Para Dilma, Lupi se excedeu ao dizer que só sai à bala
Presidente mandou avisar ao ministro que a decisão sobre quem fica e quem sai é dela
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2012 às 14h12.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff não gostou nem um pouco do tom ameaçador do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que ontem disse "duvidar" que ela o demitisse e que ele não sairá do cargo "nem na reforma ministerial", marcada para o início do ano, quando deverão deixar seus cargos todos os candidatos que estão no primeiro escalão do governo. Dilma incumbiu a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, de transmitir a sua insatisfação a ele. Gleisi disse a Lupi que "houve excesso" na fala dele no dia anterior e que "ele e todos os ministros deste governo sabem que quem nomeia e quem demite é a presidenta da República".
Lupi havia dito também que só à força deixaria o ministério. "Não saio do cargo. Daqui ninguém me tira. Só se for abatido a bala. E tem que ser bala de grosso calibre porque eu sou pesado", disse.
"Clima de estresse" - O recado a Lupi foi dado pessoalmente por Gleisi, antes de ele participar com a ministra de uma reunião para discutir a instalação de ponto eletrônico na Esplanada. A reunião estava marcada para 11h30. A ministra Gleisi conversou com Luppi a portas fechadas, em seu gabinete, no quarto andar do Planalto, e avisou do descontentamento da presidente Dilma com o episódio. Gleisi ressalvou, no entanto, que acreditava que tudo foi feito, em meio a um "clima de estresse" por causa das denúncias que ele está sofrendo.
Uma retração do ministro Luppi está sendo aguardada pelo Planalto, para que ele amenize e esclareça as declarações dada s ontem.
Dilma estava irritada desde ontem com as declarações. Mas limitou-se a reclamar para seus assessores diretos, já que o governo enfrenta uma importante votação no Congresso, considerada fundamental pela própria presidente, que é a aprovação da DRU, a Desvinculação de Receitas Orçamentárias da União. A DRU dá ao governo a liberdade para usar como quiser 20% das receitas da União.
A presidente não pretende tomar nenhuma atitude neste momento contra o ministro e continua lhe dando crédito em relação às denúncias, reconhecendo que não apareceu nada diretamente contra ele.
O Planalto comemorou a primeira votação da DRU, que deu vitória ao governo na madrugada desta quarta-feira, com 369 vagas. Mas, a presidente também sabe que ainda há a votação dos destaques, o que será retomado na tarde desta quarta-feira. E ainda será preciso votar o segundo turno na Câmara e os dois turnos da emenda constitucional no Senado - isso significa que precisa dos votos do PDT.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff não gostou nem um pouco do tom ameaçador do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que ontem disse "duvidar" que ela o demitisse e que ele não sairá do cargo "nem na reforma ministerial", marcada para o início do ano, quando deverão deixar seus cargos todos os candidatos que estão no primeiro escalão do governo. Dilma incumbiu a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, de transmitir a sua insatisfação a ele. Gleisi disse a Lupi que "houve excesso" na fala dele no dia anterior e que "ele e todos os ministros deste governo sabem que quem nomeia e quem demite é a presidenta da República".
Lupi havia dito também que só à força deixaria o ministério. "Não saio do cargo. Daqui ninguém me tira. Só se for abatido a bala. E tem que ser bala de grosso calibre porque eu sou pesado", disse.
"Clima de estresse" - O recado a Lupi foi dado pessoalmente por Gleisi, antes de ele participar com a ministra de uma reunião para discutir a instalação de ponto eletrônico na Esplanada. A reunião estava marcada para 11h30. A ministra Gleisi conversou com Luppi a portas fechadas, em seu gabinete, no quarto andar do Planalto, e avisou do descontentamento da presidente Dilma com o episódio. Gleisi ressalvou, no entanto, que acreditava que tudo foi feito, em meio a um "clima de estresse" por causa das denúncias que ele está sofrendo.
Uma retração do ministro Luppi está sendo aguardada pelo Planalto, para que ele amenize e esclareça as declarações dada s ontem.
Dilma estava irritada desde ontem com as declarações. Mas limitou-se a reclamar para seus assessores diretos, já que o governo enfrenta uma importante votação no Congresso, considerada fundamental pela própria presidente, que é a aprovação da DRU, a Desvinculação de Receitas Orçamentárias da União. A DRU dá ao governo a liberdade para usar como quiser 20% das receitas da União.
A presidente não pretende tomar nenhuma atitude neste momento contra o ministro e continua lhe dando crédito em relação às denúncias, reconhecendo que não apareceu nada diretamente contra ele.
O Planalto comemorou a primeira votação da DRU, que deu vitória ao governo na madrugada desta quarta-feira, com 369 vagas. Mas, a presidente também sabe que ainda há a votação dos destaques, o que será retomado na tarde desta quarta-feira. E ainda será preciso votar o segundo turno na Câmara e os dois turnos da emenda constitucional no Senado - isso significa que precisa dos votos do PDT.