Papelada da Lava Jato faz Fachin mudar de gabinete no STF
Por causa do grande volume de casos, muitos dos quais são processos físicos, Fachin constatou que o espaço do seu atual gabinete não é suficiente
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 18h21.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2017 às 20h00.
Brasília - Depois de assumir a relatoria dos processos da Operação Lava Jato , o ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ), Edson Fachin, vai se mudar para um novo gabinete.
Por causa do grande volume de casos investigados, muitos dos quais são processos físicos, Fachin constatou que o espaço do seu atual gabinete não é suficiente para armazenar toda a papelada da Lava Jato.
Fachin deverá se mudar para o gabinete de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro. Os dois gabinetes se localizam em um edifício anexo à sede do STF - o de Fachin está no quinto andar; o de Teori, no terceiro.
A efetiva mudança de Fachin para o gabinete de Teori depende apenas de questões administrativas internas da Corte.
Todos os ministros do STF despacham no edifício anexo à sede, exceto a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, cujo gabinete se localiza no edifício-sede.
Além da mudança física de gabinete, Fachin decidiu incorporar à sua equipe o juiz auxiliar Paulo Marcos de Farias, que atuou com Teori na análise dos casos da Lava Jato.
Uma das preocupações de Fachin é preservar em seu trabalho a "memória" dos trabalhos conduzidos por Teori, de quem era amigo.
Em seu primeiro julgamento na condição de relator dos processos da Lava Jato, Fachin votou na terça-feira, 7, por negar um recurso apresentado pela defesa do ex-assessor do partido progressista João Cláudio Genu, condenado a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa.
Por unanimidade, o recurso de Genu foi rejeitado pela Segunda Turma do STF.