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Papa anuncia criação de órgão para Amazônia no Vaticano

“A consciência ecológica hoje nos denuncia um caminho de exploração compulsiva e corrupção. A Amazônia é um dos pontos mais importantes disso”, disse

Papa Francisco: o pontífice afirmou que pretende criar um órgão dentro da Santa Sé dedicado exclusivamente aos cuidados com a Amazônia. (Alessandra Benedetti - Corbis / Colaborador/Getty Images)

Papa Francisco: o pontífice afirmou que pretende criar um órgão dentro da Santa Sé dedicado exclusivamente aos cuidados com a Amazônia. (Alessandra Benedetti - Corbis / Colaborador/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2019 às 16h20.

Última atualização em 26 de outubro de 2019 às 16h21.

No encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, na tarde deste sábado, 26, papa Francisco afirmou que a região amazônica sofre “todo tipo de injustiça” e cobrou da Igreja maior sintonia com a juventude.

“A consciência ecológica vai em frente e hoje nos denuncia um caminho de exploração compulsiva e corrupção. A Amazônia é um dos pontos mais importantes disso. Um símbolo, eu diria”, declarou Francisco.

Ele avaliou que a maior importância do Sínodo dos Bispos são os diagnósticos que foram feitos de questões culturais, ecológicas, sociais e pastorais da região amazônica.

Dentro do conceito de ecologia integral, ele frisou que os problemas ambientais precisam ser vistos dentro de seus contextos sociais, “não só o que se explora selvagemente a criação, mas também as pessoas”.

O sumo pontífice afirmou que pretende criar um órgão dentro da Santa Sé dedicado exclusivamente aos cuidados com a Amazônia.

O departamento deve ficar alocado dentro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, sob o comando do cardeal Peter Turkson, de Gana.

Para Francisco, a ecologia não pode ser separada das questões sociais. “Na Amazônia há todo tipo de injustiça, destruição de pessoas, exploração de pessoas, em todos os níveis e destruição da identidade cultural”, declarou ele, no encerramento.

Ele lembrou sua encíclica Laudato Si’, publicada em 2015, como um marco para balizar o pensamento ecológico segundo as bases do catolicismo.

Ele disse ainda que para lutar por questões ambientais a Igreja precisa mirar no exemplo dos jovens. Citou nominalmente a ativista sueca Greta Thunberg, empenhada em uma cruzada global para alertar sobre a atual crise climática. “Na manifestação dos jovens, como Greta e outros, eles levam um cartaz dizendo ‘o futuro é nosso’. Isso é a consciência do pedido ecológico”, declarou.

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