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Palocci recebeu R$ 12 milhões em 2010, diz revista

Palocci teria recebido 12 milhões de empresas através do escritório do falecido advogado Márcio Thomaz Bastos, de acordo com revista

Antonio Palocci: durante campanha de Dilma Rousseff em 2010, teria recebido 12 milhões de reais (Renato Araújo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2015 às 16h39.

Brasília - Documentos obtidos pela revista Época indicam que o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci recebeu R$ 12 milhões de empresas em 2010, quando coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff . Entre as empresas das quais o petista recebeu pagamentos, mas não conseguiu comprovar o serviço de consultoria, segundo a Época, estão o Grupo Pão de Açúcar , através do escritório do criminalista Márcio Thomaz Bastos, a empresa do setor frigorífico JBS e a concessionária Caoa .

O ex-ministro é investigado pela Justiça Federal do Paraná por suspeita de repasse de dinheiro do esquema da Petrobras para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) deve requerer os documentos para anexar ao inquérito da Operação Lava Jato.

De acordo com a reportagem da revista, o ex-ministro recebeu R$ 5,5 milhões em 11 parcelas do escritório do advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, morto no ano passado.

A origem do dinheiro, segundo a reportagem, é o Grupo Pão de Açúcar, que negociava fusão com as Casas Bahia. Não foi identificado nenhum comprovante da prestação dos serviços da Projeto, consultoria de Palocci. Os repasses, segundo a revista, foram feitos entre dezembro de 2009 e dezembro de 2010. A suspeita do MPF se deve ao fato de, além de não haver contrato por escrito, o Pão de Açúcar dizer que não houve nenhuma reunião com o ex-ministro da Casa Civil. Ele deixou o cargo depois de não conseguir explicar como multiplicou seu patrimônio por 20 em quatro anos.

A reportagem da revista revela que há uma investigação sigilosa do Ministério Público em torno de 30 empresas que pagaram a Palocci. O período em que coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, teria sido o que mais prosperou financeiramente.

Na lista dos pagamentos suspeitos estão os valores repassados pela JBS, que buscava um sócio no mercado de frango nos Estados Unidos. Logo após a "consultoria", a JBS recebeu financiamento do BNDES. A JBS doou à campanha de Dilma R$ 13 milhões em 2010 e R$ 70 milhões em 2014. Segundo documentos obtidos pela revista, Palocci recebeu da JBS R$ 2 milhões entre 2009 e 2010. De acordo com a Procuradoria, Palocci diz ter ajudado a JBS na busca pelo sócio norte-americano. A empresa, no entanto, diz que não o contratou.

Já a concessionária Caoa procurava um parceiro no mercado chinês e logo após os "serviços" de Palocci o Congresso teria aprovado um benefício fiscal que ajudou a empresa. O petista também não conseguiu comprovar os serviços prestados a essa empresa. De acordo com a revista, Palocci recebeu R$ 4,5 milhões da empresa entre julho e dezembro de 2010. A Caoa também negou a consultoria.

Nota

"Afirmamos, categórica e peremptoriamente, que as atividades e recursos da Projeto não têm nem nunca tiveram qualquer relação com a referida campanha eleitoral ou com qualquer outra (...). Repudiamos, assim, com indignação, qualquer insinuação ou ilação gratuita nesse sentido", disse a consultoria de Palocci em nota à publicação.

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Brasília - Documentos obtidos pela revista Época indicam que o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci recebeu R$ 12 milhões de empresas em 2010, quando coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff . Entre as empresas das quais o petista recebeu pagamentos, mas não conseguiu comprovar o serviço de consultoria, segundo a Época, estão o Grupo Pão de Açúcar , através do escritório do criminalista Márcio Thomaz Bastos, a empresa do setor frigorífico JBS e a concessionária Caoa .

O ex-ministro é investigado pela Justiça Federal do Paraná por suspeita de repasse de dinheiro do esquema da Petrobras para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) deve requerer os documentos para anexar ao inquérito da Operação Lava Jato.

De acordo com a reportagem da revista, o ex-ministro recebeu R$ 5,5 milhões em 11 parcelas do escritório do advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, morto no ano passado.

A origem do dinheiro, segundo a reportagem, é o Grupo Pão de Açúcar, que negociava fusão com as Casas Bahia. Não foi identificado nenhum comprovante da prestação dos serviços da Projeto, consultoria de Palocci. Os repasses, segundo a revista, foram feitos entre dezembro de 2009 e dezembro de 2010. A suspeita do MPF se deve ao fato de, além de não haver contrato por escrito, o Pão de Açúcar dizer que não houve nenhuma reunião com o ex-ministro da Casa Civil. Ele deixou o cargo depois de não conseguir explicar como multiplicou seu patrimônio por 20 em quatro anos.

A reportagem da revista revela que há uma investigação sigilosa do Ministério Público em torno de 30 empresas que pagaram a Palocci. O período em que coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, teria sido o que mais prosperou financeiramente.

Na lista dos pagamentos suspeitos estão os valores repassados pela JBS, que buscava um sócio no mercado de frango nos Estados Unidos. Logo após a "consultoria", a JBS recebeu financiamento do BNDES. A JBS doou à campanha de Dilma R$ 13 milhões em 2010 e R$ 70 milhões em 2014. Segundo documentos obtidos pela revista, Palocci recebeu da JBS R$ 2 milhões entre 2009 e 2010. De acordo com a Procuradoria, Palocci diz ter ajudado a JBS na busca pelo sócio norte-americano. A empresa, no entanto, diz que não o contratou.

Já a concessionária Caoa procurava um parceiro no mercado chinês e logo após os "serviços" de Palocci o Congresso teria aprovado um benefício fiscal que ajudou a empresa. O petista também não conseguiu comprovar os serviços prestados a essa empresa. De acordo com a revista, Palocci recebeu R$ 4,5 milhões da empresa entre julho e dezembro de 2010. A Caoa também negou a consultoria.

Nota

"Afirmamos, categórica e peremptoriamente, que as atividades e recursos da Projeto não têm nem nunca tiveram qualquer relação com a referida campanha eleitoral ou com qualquer outra (...). Repudiamos, assim, com indignação, qualquer insinuação ou ilação gratuita nesse sentido", disse a consultoria de Palocci em nota à publicação.

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