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País está muito perto de uma ruptura democrática, avalia Mandetta

De acordo com ele, a pandemia, que é pano de fundo para a crise econômica em todo o mundo, acirra a crise política no Brasil

Devemos atravessar o segundo semestre inteiro tentando aplicar a segunda dose da vacina e lutando contra a variável delta, disse o ex-ministro (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Devemos atravessar o segundo semestre inteiro tentando aplicar a segunda dose da vacina e lutando contra a variável delta, disse o ex-ministro (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2021 às 20h29.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta fez neste domingo, 15, uma análise dura e preocupante do atual momento pelo qual passa o Brasil. Mandetta foi muito enfático ao afirmar que vê o País muito perto de uma ruptura democrática. O ex-ministro participava no início da noite de "live" organizada pelo Parlatório, grupo que reúne formadores de opinião de todo Brasil. De acordo com ele, a pandemia, que é pano de fundo para a crise econômica em todo o mundo, acirra a crise política no Brasil porque é "agravada por pontos obscuros que tencionam por uma ruptura entre os Poderes".

Ao se referir especificamente à pandemia, o ex-ministro criticou a postura do governo, do qual ele fez parte quando comandava a pasta da Saúde, por ter demorado muito por escolher o caminho das vacinas. Para ele, se a escolha pelo caminho da vacina tivesse sido tomada no tempo ideal, mortes ao longo do primeiro semestre teriam sido evitadas.

"A boa notícia é que a nossa rede de vacinação confirmou sua eficácia. Temos uma boa capilaridade no sistema saúde", disse Mandetta.

De qualquer forma, segundo o ex-ministro, "devemos atravessar o segundo semestre inteiro tentando aplicar a segunda dose da vacina e lutando contra a variável delta". Mais que isso, continuou o ministro, se aparecer uma cepa da covid-19 resistente às vacinas, o País vai voltar à estaca zero.

No final da sua apresentação, Mandetta deixou uma palavra de alento, ao afirmar que, com a crise sanitária - que é pano de fundo para as crises econômica e política no Brasil - saindo do radar, é possível que o País volte aos níveis de boa convivência do pré-crise.

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