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Paes se diz tranquilo com obras de empresas na Lava Jato

Nos bastidores, existe o temor de que as empresas passem a enfrentar dificuldades e atrasem as obras, que já possuem um cronograma apertado


	Eduardo Paes: na avaliação do prefeito, as grandes construtoras deverão manter suas atividades
 (Tânia Rêgo/ABr)

Eduardo Paes: na avaliação do prefeito, as grandes construtoras deverão manter suas atividades (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 14h49.

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse nesta quarta-feira, 28, que "por enquanto" está tranquilo em relação às construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras e que estão realizando obras para os Jogos Olímpicos de 2016.

Nos bastidores, existe o temor de que as empresas passem a enfrentar dificuldades e atrasem as obras, que já possuem um cronograma apertado, sobretudo no Parque Olímpico.

"As empresas são as mesmas, mas quem lida com as empresas aqui é bem diferente de quem estava do lado da Petrobras", afirmou Paes, em encontro com jornalistas.

"A única coisa que eu posso garantir é que aqui não tem por cento nem Paulo Roberto. Isso eu garanto", continuou.

A declaração foi uma referência ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso no ano passado durante a Operação Lava Jato acusado de cobrar propina e que hoje cumpre prisão domiciliar.

"Eu estou tocando a vida. Como aqui a gente não cobra por cento, faz as coisas dentro do prazo e no custo, não tem aditivo. Quando tem por cento é que complica", afirmou o prefeito.

"No caso aí (das obras para a Olimpíada) tem a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. A OAS está no Porto (Maravilha)... A gente torce para que essas empresas não tenham problemas, mas se a empresa quebrar, aí sim (temos uma preocupação)", admitiu.

Na avaliação de Eduardo Paes, as grandes construtoras deverão manter suas atividades.

"Até teve um sinal da presidente Dilma hoje na imprensa, de não quebrar as empresas, de (responsabilizar somente) os culpados, os responsáveis", considerou.

"Meu desafio vai ser ver vocês um dia colocarem 'pô, finalmente o Brasil fez uma coisa direito'. Porque eu também me indigno com essas coisas de tudo estar fora do prazo, do país ficar com fama de republiqueta de banana, achar que fazer festa é legado. Fazer festa não é legado. Legado é mostrar que a gente sabe fazer as coisas dentro do prazo e no custo, que este é um País que está ficando sério", declarou o prefeito.

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