Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro: estádio irá receber quatro partidas do Mundial, inclusive a decisão (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 17h37.
Rio de Janeiro - A menos de um ano para a Copa do Mundo de 2014 e três anos para os Jogos Olímpicos de 2016, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), criticou a Fifa nesta sexta-feira por se preocupar muito menos com o legado que a Copa deixará à cidade do que o Comitê Olímpico Internacional (COI).
A cidade sediou em junho jogos da Copa das Confederações, entre eles a final entre Brasil e Espanha, e no ano que vem o Maracanã vai receber quatro partidas do Mundial, inclusive a decisão.
Para a Olimpíada de 2016, o Rio se prepara com obras na estrutura viária e de transportes, como corredores de ônibus e trens. Há ainda obras na região portuária da cidade, além da construção de instalações esportivas e centros de treinamento.
"Diferencio a Copa dos Jogos de 2016. Ao contrário da Fifa, que trata da Copa, o COI sempre colocou como fundamental a capacidade que aquele evento teria de transformar a cidade", disse ele a jornalistas em evento sobre os três anos para a Olimpíada.
"Quando disputamos com Chicago, Tóquio e Madri, os nossos problemas foram o nosso grande ativo... que grandes mudanças que essas intervenções na cidade poderiam ter. A vitória do Rio já foi na origem de legado, e não um motivo só esportivo ou de conjunto de equipamentos esportivos", completou o prefeito.
Antes da Copa das Confederações, uma das maiores preocupações manifestadas pela Fifa era com o prazo de entrega dos estádios das seis sedes. A infraestrutura dos aeroportos também foi uma questão levantada pela entidade que controla o futebol mundial.
Já o COI, segundo o prefeito, faz visitas regulares à cidade, algumas até de surpresa, para acompanhar de perto o andamento de obras ligadas direta e indiretamente aos Jogos de 2016. O acompanhamento engloba sistema de transportes, rede hoteleira, equipamentos esportivos e outros.
"O COI não acompanha só as arenas, espaços esportivos, mas também projetos como Porto Maravilha e cobram do poder público o acompanhamento do legado", disse Paes.
O prefeito fez até piada com o desconhecimento da Fifa sobre o Rio de Janeiro. "Comparando de novo, mesmo com o risco que isso possa representar, nunca fui procurado pela Fifa para saber se a Transcarioca está atrasada ou em dia. Eles não sabem nem onde fica a Trasncarioca", declarou.
Diferentemente da Olimpíada, que acontece só em uma cidade, a Copa do Mundo no Brasil será realizada em 12 sedes.