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Padilha cita Mário Covas e cobra liderança de Alckmin

"O ex-governador Mário Covas sempre falava que, se tem um problema, você tem de enfrentar, combater e vencer", afirmou Padilha

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 14h07.

Sertãozinho - O ex-ministro da Saúde e possível candidato ao governo paulista pelo PT, Alexandre Padilha, citou, nesta segunda-feira, 10, em Sertãozinho (SP), o ex-governador Mário Covas, um dos principais nomes da história do PSDB, falecido em 2001, para cobrar liderança do governador de São Paulo no setor industrial, especificamente para o etanol.

Covas deixou o cargo em janeiro de 2001 e foi sucedido pelo então vice e atual governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), possível adversário de Padilha nas eleições deste ano.

"O ex-governador Mário Covas sempre falava que, se tem um problema, você tem de enfrentar, combater e vencer", afirmou Padilha. "Está claro para todos nós que o setor do etanol vive hoje (uma crise) depois de um grande crescimento no governo (federal) do PT".

O petista participou de uma reunião com representantes de indústrias de base do setor sucroalcooleiro em Sertãozinho, no interior paulista, na qual, assim como em encontros desde sexta-feira, 7, ouviu críticas à política do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para incentivar a produção de etanol.

"Se faltam investimentos no setor de etanol, que se criem essas propostas aqui em São Paulo. A Caravana Horizonte Paulista está convencida de que o governador do Estado tem de ter uma postura de liderança para aquilo que interessa a São Paulo", disse Padilha, citando a série de viagens e reuniões que faz desde sexta-feira em cidades paulistas e que antecedem a campanha do ex-ministro.

Indagado se Alckmin, como sucessor de Covas, não teria seguido as palavras e conselhos do ex-governador, Padilha, como tem feito desde o começo, evitou ataques nominais.

"Eu diria que hoje está explícito que tem um setor muito importante para São Paulo que precisa de uma liderança para usar a força que só o governo de São Paulo pode ter", disse.


"Se faltam investimentos em institutos de pesquisa, fomento, fundos garantidores, que se criem essas propostas aqui no Estado de São Paulo".

O ex-ministro minimizou ainda as críticas da corrente petista "O Trabalho" ao nome do empresário oriundo do setor de açúcar e etanol Maurílio Biagi Filho, filiado ao PR, para ser o seu provável vice.

No principal evento da caravana, sábado , em Ribeirão Preto (SP), representantes da corrente levantaram uma faixa "usineiro de vice, não", diante de várias lideranças petistas e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Sinceramente, não vi a faixa, mas faz parte e o PT tem debate interno. A grande maioria do PT está absolutamente convencida, e aprendeu isso ao longo dos últimos dez anos, que é preciso ter uma aliança ampla partidária e com setores econômicos que estão além do PT", afirmou.

"Queremos ter aliança e composição mais amplas que o PT. O PT aprendeu com isso no Brasil, em várias cidades do interior e chegou a hora de fazer isso também no Estado de São Paulo".

Além da reunião com empresários e produtores, Padilha visita, em Sertãozinho, o museu da cana-de-açúcar e uma metalúrgica produtora de máquinas e equipamentos para usinas. Ainda hoje ele segue para as cidades de Pirassununga, Leme e Araras.

A primeira etapa da "Caravana Horizonte Paulista" termina na sexta-feira em Campinas e na segunda etapa, na próxima semana, Padilha visitará municípios do Vale do Ribeira, região mais pobre do Estado.

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