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Padilha: a cada ato de ódio, me orgulho mais do Mais Médicos

Ex-ministro da Saúde foi hostilizado enquanto almoçava em restaurante em São Paulo

O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha: "agressões como essa não me inibem" (Elza Fiuza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2015 às 23h13.

São Paulo - O secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha , afirmou nesta sexta-feira, 15, que, a cada gesto de ódio, fica mais "orgulhoso" do programa Mais Médicos , criado por ele quando era ministro da Saúde .

A postagem foi publicada na conta que Padilha mantém na rede social Facebook. O texto, intitulado "Inaceitáveis instantes de intolerância", foi uma resposta à hostilidade que recebeu enquanto almoçava no restaurante de carnes Varanda Grill, no Jardim Paulista, na zona oeste da capital paulista.

Na ocasião, um cliente levantou-se, bateu um talher no copo e passou a discursar. "Queria saudar, aqui, hoje, dizer a vocês, que temos a presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável pelo gasto de R$ 1 bilhão que nós, otários, pagamos até hoje", disse o homem. Na postagem, Padilha classificou o episódio como um "ato de agressão inusitado".

O ex-ministro da Saúde afirmou que o manifestante "foi absolutamente ignorado pelas dezenas de pessoas durante o seu ato de agressão". "Apenas seu colega de mesa o aplaudiu", apontou. Padilha disse também que recebeu solidariedade de garçons, clientes e do dono do Varanda Grill.

Na mensagem na internet, Padilha afirmou que "essas agressões" não o abalam. "Agressões como essa não me inibem, não reduzem meu convívio com amigos, sobretudo os não petistas, nem farão com que eu deixe de frequentar qualquer lugar", escreveu.

O secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo defendeu, no texto, o Mais Médicos. De acordo com Padilha, o programa chegou a mais de 18 mil médicos, atendendo mais de 63 milhões de brasileiros que não tinham acesso à saúde.

"Isso foi possível por dois motivos. Diferente do desejo de alguns, dos cerca de 14 mil médicos recrutados a partir de 2013 a desistência foi ínfima até 2015. O segundo motivo é que o programa criado pela minha gestão no Ministério da Saúde em 2011 (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, Provab), que garante pontos para o concurso de residência (especialidade) para médicos brasileiros que atendem nas periferias, revelou-se um sucesso e, agora, os inscritos em 2015 foram incorporados ao Mais Médicos", disse.

Conforme o secretário de Relações Governamentais da Prefeitura, "na ânsia de afrontar os que mais precisam, a democracia é desrespeitada". Padilha declarou que a democracia deve ser exercida para a liberdade.

"Somos um país democrático também em suas ideias, em seus anseios. O respaldo do Mais Médicos não é dado por mim. É dado pelos brasileiros e brasileiras atendidos pelo programa, que antes ansiavam pela presença de um médico, e por mais de 80% de toda população brasileira", prosseguiu.

O secretário acrescentou que estava no restaurante de carnes convidado para um almoço por amigos de infância. Segundo Padilha, são amigos com os quais convive há mais de 30 anos. "Os respeito, convivo, divirto-me com eles tanto como com as outras amizades, que conquistei ao longo da minha vida profissional em comunidades da periferia e da Amazônia brasileira e na militância política", escreveu.

O secretário de Relações Governamentais acentuou que tem amigos da elite econômica paulistana e outros tantos "tucanos, neoliberais e neoconservadores", "talvez para a repugnância de alguns e dos detratores da intolerância".

"Divergimos em opções de vida, profissionais e na política, mas essas amizades sobrevivem, apesar do clima de agressão, desrespeito, ódio e intolerância que alguns buscam aquecer no País e na nossa cidade", comentou.

"Paradoxalmente, episódios como esse são capazes de despertar cada vez mais as pessoas para que a democracia possa conviver com a diversidade e a diferença", acredita Padilha. Na avaliação do secretário, a "agressão em público" contra ele foi um desrespeito aos seus direitos individuais.

"É um desrespeito ainda maior quando isso envolve direitos individuais dos meus amigos, que ao contrário do que pode-se pensar, não possuem nenhuma vinculação partidária nem política comigo", avaliou. "Tenho muito orgulho de ter criado o Mais Médicos e, como disse, já enfrentei muito mais do que agressor solitário para implantá-lo", finalizou.

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São Paulo - O secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha , afirmou nesta sexta-feira, 15, que, a cada gesto de ódio, fica mais "orgulhoso" do programa Mais Médicos , criado por ele quando era ministro da Saúde .

A postagem foi publicada na conta que Padilha mantém na rede social Facebook. O texto, intitulado "Inaceitáveis instantes de intolerância", foi uma resposta à hostilidade que recebeu enquanto almoçava no restaurante de carnes Varanda Grill, no Jardim Paulista, na zona oeste da capital paulista.

Na ocasião, um cliente levantou-se, bateu um talher no copo e passou a discursar. "Queria saudar, aqui, hoje, dizer a vocês, que temos a presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável pelo gasto de R$ 1 bilhão que nós, otários, pagamos até hoje", disse o homem. Na postagem, Padilha classificou o episódio como um "ato de agressão inusitado".

O ex-ministro da Saúde afirmou que o manifestante "foi absolutamente ignorado pelas dezenas de pessoas durante o seu ato de agressão". "Apenas seu colega de mesa o aplaudiu", apontou. Padilha disse também que recebeu solidariedade de garçons, clientes e do dono do Varanda Grill.

Na mensagem na internet, Padilha afirmou que "essas agressões" não o abalam. "Agressões como essa não me inibem, não reduzem meu convívio com amigos, sobretudo os não petistas, nem farão com que eu deixe de frequentar qualquer lugar", escreveu.

O secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo defendeu, no texto, o Mais Médicos. De acordo com Padilha, o programa chegou a mais de 18 mil médicos, atendendo mais de 63 milhões de brasileiros que não tinham acesso à saúde.

"Isso foi possível por dois motivos. Diferente do desejo de alguns, dos cerca de 14 mil médicos recrutados a partir de 2013 a desistência foi ínfima até 2015. O segundo motivo é que o programa criado pela minha gestão no Ministério da Saúde em 2011 (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, Provab), que garante pontos para o concurso de residência (especialidade) para médicos brasileiros que atendem nas periferias, revelou-se um sucesso e, agora, os inscritos em 2015 foram incorporados ao Mais Médicos", disse.

Conforme o secretário de Relações Governamentais da Prefeitura, "na ânsia de afrontar os que mais precisam, a democracia é desrespeitada". Padilha declarou que a democracia deve ser exercida para a liberdade.

"Somos um país democrático também em suas ideias, em seus anseios. O respaldo do Mais Médicos não é dado por mim. É dado pelos brasileiros e brasileiras atendidos pelo programa, que antes ansiavam pela presença de um médico, e por mais de 80% de toda população brasileira", prosseguiu.

O secretário acrescentou que estava no restaurante de carnes convidado para um almoço por amigos de infância. Segundo Padilha, são amigos com os quais convive há mais de 30 anos. "Os respeito, convivo, divirto-me com eles tanto como com as outras amizades, que conquistei ao longo da minha vida profissional em comunidades da periferia e da Amazônia brasileira e na militância política", escreveu.

O secretário de Relações Governamentais acentuou que tem amigos da elite econômica paulistana e outros tantos "tucanos, neoliberais e neoconservadores", "talvez para a repugnância de alguns e dos detratores da intolerância".

"Divergimos em opções de vida, profissionais e na política, mas essas amizades sobrevivem, apesar do clima de agressão, desrespeito, ódio e intolerância que alguns buscam aquecer no País e na nossa cidade", comentou.

"Paradoxalmente, episódios como esse são capazes de despertar cada vez mais as pessoas para que a democracia possa conviver com a diversidade e a diferença", acredita Padilha. Na avaliação do secretário, a "agressão em público" contra ele foi um desrespeito aos seus direitos individuais.

"É um desrespeito ainda maior quando isso envolve direitos individuais dos meus amigos, que ao contrário do que pode-se pensar, não possuem nenhuma vinculação partidária nem política comigo", avaliou. "Tenho muito orgulho de ter criado o Mais Médicos e, como disse, já enfrentei muito mais do que agressor solitário para implantá-lo", finalizou.

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