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Pacientes com HIV/Aids em SP estão vivendo mais, diz pesquisa

A idade média de morte dessa população era de 33 anos para os homens e de 29 anos para as mulheres em 1990, e passou para 45 e 46 anos, respectivamente

HIV: o levantamento mostra também que ao longo do período de 1990 até 2015, as maiores reduções da mortalidade se deram entre os pacientes infantis (AFP/AFP)
AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de maio de 2017 às 21h48.

Os pacientes de HIV/ Aids do estado de São Paulo têm vivido mais tempo.

Segundo levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgado hoje (10), a idade média de morte dessa população era de 33 anos para os homens e de 29 anos para as mulheres em 1990 e passou para 45 e 46 anos, respectivamente, em 2015.

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De acordo com o estudo, no estado de São Paulo, as taxas de mortalidade por Aids registraram pico em 1995, com 35,1 óbitos por 100 mil homens, e 11 mortes por 100 mil mulheres.

Em 2015, as taxas caíram para 8,4 óbitos por 100 mil homens e 3,7 por 100 mil mulheres.

"Nesses 20 anos de epidemia, a gente teve um maior controle, um maior monitoramento da doença. Houve um aprimoramento dos programas de proteção, teve a introdução dos antirretrovirais. Tudo isso contribuiu para que houvesse essa queda, o aumento da idade média ao morrer e a maior sobrevida das pessoas infectadas", destacou a mestre em Saúde Pública e analista do Seade, Monica La Porte.

Transmissão de mãe para filho

O levantamento mostra também que ao longo do período de 1990 até 2015, as maiores reduções da mortalidade se deram entre os pacientes infantis.

A taxa de mortalidade por Aids no grupo de 0 a 4 anos atingiu, em 1995, 5 óbitos por 100 mil crianças, passando para 0,2 mortes por 100 mil em 2015.

"Isso é uma ação feita realmente na transmissão vertical, que é a passagem do HIV de mãe para filho. As principais ações foram a testagem sorológica tanto no pré-natal como no momento do parto, e a aplicação do esquema de antirretrovirais que já foram implantados durante a gestação", destacou a analista.

"Passamos a aplicar também os antirretrovirais direto no recém-nascido. Porque quando o recém-nascido nasce você já sabe que é soropositivo, já há a introdução da profilaxia. Outro fator importante é a substituição do aleitamento materno por outra forma láctea, porque pelo leite materno há transmissão", acrescentou.

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