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Pacheco indefere requerimento que pedia convocação de Geddel

O presidente da CCJ justificou que a Comissão não serve para produzir provas, e, sim, para analisar a admissibilidade da denúncia contra Temer

Rodrigo Pacheco: o presidente da CCJ já havia rejeitado outras convocações (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Pacheco: o presidente da CCJ já havia rejeitado outras convocações (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2017 às 16h35.

Brasília - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco, rejeitou requerimentos da oposição para que o colegiado realize audiência pública para ouvir o ex-ministro do Geddel Vieira Lima, preso na semana passada.

Responsável pelo pedido, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) adiantou que vai recorrer da decisão.

Pacheco lembrou que já havia rejeitado outras convocações, como a do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e do empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Ele justificou que a Comissão, neste momento, não serve para produzir provas, e, sim, para analisar a admissibilidade ou não da denúncia.

"Se houver necessidade da Câmara trazer o procurador-Geral da República para explicar a denúncia, isso já indicaria a inépcia da denúncia", declarou Pacheco.

A sessão da CCJ para leitura do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) começou tumultuada. Logo no início da reunião, a oposição iniciou um movimento de obstrução e conseguiu que o presidente autorizasse a leitura da ata da sessão anterior, que durou cerca de meia hora.

Em outro momento, o deputado Delegado Waldir (PR-GO), que votaria a favor da denúncia e foi retirado do colegiado por decisão da liderança do partido, quase interrompeu a sessão aos gritos contra o governo, que considerou responsável pela troca.

"Governo corrupto, vai cair. Esse governo é bandido, é covarde", bradou. A oposição manifestou solidariedade ao deputado.

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