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Pacheco diz que Senado não pode 'compactuar' com comparação de ação de Israel a Holocausto

No entanto, o presidente do Senado disse que a declaração "não representa o verdadeiro propósito do presidente Lula"

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (Roque de Sá/Agência Senado/Flickr)

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (Roque de Sá/Agência Senado/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 18h39.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou de "equivocada" a comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o ataque militar de Israel contra o Hamas e palestinos na Faixa de Gaza. Afirmou, ainda, que o Senado não pode "compactuar" com uma comparação como essa.

Pacheco, porém, disse que essa fala "não representa o verdadeiro propósito do presidente Lula". A declaração foi dada durante a sessão do Senado nesta terça-feira, 20.

Para o presidente do Senado, mesmo que a reação militar de Israel venha a ser considerada "indiscriminada e desproporcional não há como estabelecer um comparativo com a perseguição sofrida pelo povo judeu no nazismo".

"Não podemos compactuar com as afirmações que compararam a ação militar que está ocorrendo na região neste momento com o Holocausto, o genocídio contra o povo judeu perpetrado pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial. Genocídio é o extermínio deliberado de um povo, por motivos de diferenças étnicas, nacionais, raciais ou religiosas. Há um plano para se eliminar aquele grupo", disse o presidente do Senado.

Pacheco disse que a Casa Alta do Congresso repudia tanto o "ataque terrorista perpetrado pelo grupo Hamas", quanto "reações desproporcionais e o uso de violência irracional que tenham ocorrido ou estejam ocorrendo na Faixa de Gaza, durante a contraofensiva israelense".

"Estamos certos de que essa fala equivocada não representa o verdadeiro propósito do Presidente Lula, que é um líder global conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações, motivo pelo qual entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina", disse Pacheco.

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