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Outros cinco acusados negam corrupção durante governo Lula

STF escutou hoje, na quarta audiência do caso, os defensores de cinco réus vinculados ao publicitário Marcos Valério Fernandes

Marcos Valério é considerado pela Procuradoria Geral da República (PGR) o ''articulador'' dos crimes (José Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 19h48.

Brasília - Os advogados de cinco dos 38 acusados por assuntos de corrupção denunciados no Brasil em 2005, durante o governo Lula, negaram nesta terça-feira a participação de seus clientes nos supostos fatos, tal como fizeram até agora todos os envolvidos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) escutou hoje, na quarta audiência do caso, os defensores de cinco réus vinculados ao publicitário Marcos Valério Fernandes, de quem a acusação diz que pôs a serviço do PT a agência SMP&B e outra empresa que tinha na época.

De acordo com a acusação, essas empresas, sobretudo a SMP&B, eram favorecidas com contratos de empresas públicas para uns serviços que depois não prestavam e parte do dinheiro acabava em uma ''caixa-preta'' do PT, que não era declarada nem às autoridades fiscais nem às eleitorais.

Marcos Valério é considerado pela Procuradoria Geral da República (PGR) o ''articulador'' dos crimes que, de acordo com a denúncia, permitiram ao PT arrecadar de forma oculta dinheiro para as campanhas de Lula e de outros partidos, e financiar depois uma rede de subornos a deputados a fim de que votassem a favor de projetos do governo.

Também prestaram depoimentos ao STF hoje os advogados de Cristiano Mello Paz, sócio de Marcos Valério; Rogério Lanza Tolentino, advogado próximo ao publicitário; Simone de Vasconcelos, diretora financeira da SMP&B; Geiza Dias dos Santos, gerente financeira da mesma agência; e Katia Rabello, ex-presidente do Banco Rura

O advogado de Mello Paz disse que este só respondia pela parte ''criativa'' da agência e desconhecia as transações financeiras da empresa, enquanto os defensores dos outros empregados da firma alegaram que se tratava de pessoas que ''cumpriam ordens'' e também não sabiam da suposta trama de corrupção.

O defensor de Katia Rabello negou, por sua parte, que o banco que sua cliente presidia tenha dado créditos sem as devidas garantias ao PT e à empresa SMP&B, como sustenta a acusação, a qual o advogado afirmou que ''não apresentou prova alguma'' sobre o crime.

Até agora apresentaram seus argumentos os advogados de dez dos 38 acusados. Os restantes comparecerão nos próximos dias e, uma vez concluída essa fase de sustentação oral da defesa, os 11 magistrados da corte começarão a deliberar sobre a responsabilidade de cada um dos envolvidos.

Segundo os cálculos do próprio tribunal, as sentenças serão definidas antes da metade de setembro.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) escutou hoje, na quarta audiência do caso, os defensores de cinco réus vinculados ao publicitário Marcos Valério Fernandes, de quem a acusação diz que pôs a serviço do PT a agência SMP&B e outra empresa que tinha na época.

De acordo com a acusação, essas empresas, sobretudo a SMP&B, eram favorecidas com contratos de empresas públicas para uns serviços que depois não prestavam e parte do dinheiro acabava em uma ''caixa-preta'' do PT, que não era declarada nem às autoridades fiscais nem às eleitorais.

Marcos Valério é considerado pela Procuradoria Geral da República (PGR) o ''articulador'' dos crimes que, de acordo com a denúncia, permitiram ao PT arrecadar de forma oculta dinheiro para as campanhas de Lula e de outros partidos, e financiar depois uma rede de subornos a deputados a fim de que votassem a favor de projetos do governo.

Também prestaram depoimentos ao STF hoje os advogados de Cristiano Mello Paz, sócio de Marcos Valério; Rogério Lanza Tolentino, advogado próximo ao publicitário; Simone de Vasconcelos, diretora financeira da SMP&B; Geiza Dias dos Santos, gerente financeira da mesma agência; e Katia Rabello, ex-presidente do Banco Rura

O advogado de Mello Paz disse que este só respondia pela parte ''criativa'' da agência e desconhecia as transações financeiras da empresa, enquanto os defensores dos outros empregados da firma alegaram que se tratava de pessoas que ''cumpriam ordens'' e também não sabiam da suposta trama de corrupção.

O defensor de Katia Rabello negou, por sua parte, que o banco que sua cliente presidia tenha dado créditos sem as devidas garantias ao PT e à empresa SMP&B, como sustenta a acusação, a qual o advogado afirmou que ''não apresentou prova alguma'' sobre o crime.

Até agora apresentaram seus argumentos os advogados de dez dos 38 acusados. Os restantes comparecerão nos próximos dias e, uma vez concluída essa fase de sustentação oral da defesa, os 11 magistrados da corte começarão a deliberar sobre a responsabilidade de cada um dos envolvidos.

Segundo os cálculos do próprio tribunal, as sentenças serão definidas antes da metade de setembro.

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