Exame Logo

Outro ex-ministro de Lula nega participação no 'Mensalão'

Adauto é um dos 38 acusados de participação em uma suposta rede de corrupção para financiar campanhas eleitorais e subornar parlamentares

O advogado Castellar Modesto declarou que seu cliente apenas intermediou entre o PL, do qual fazia parte, e o PT, apoio financeiro para campanhas eleitorais (Agência Brasil/J. Freitas)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 21h25.

Brasília - O ex-ministro de Transportes Anderson Adauto negou nesta terça-feira através de sua defesa qualquer participação no mensalão , escândalo ocorrido em 2005, durante a gestão presidencial de Lula.

Adauto é um dos 38 acusados de participação em uma suposta rede de corrupção para financiar campanhas eleitorais e subornar parlamentares para garantir ao governo Lula a maioria parlamentar que em 2002 não tinha alcançado nas urnas.

O advogado Castellar Modesto, defensor do ex-ministro, declarou na Superior Tribunal Federal (STF) que seu cliente apenas intermediou entre o PL, do qual fazia parte, e o PT, apoio financeiro para campanhas eleitorais.

O extinto PL fazia parte da coalizão que apoiava Lula, fato que Castellar Modesto usou para negar que os deputados desse partido tivessem sido subornados para votar a favor de projetos propostos pelo governo.

Segundo o advogado, ''não existe uma prova'' nem ''um só testemunho'' que implique o ex-ministro nos delitos de corrupção ativa e lavagem de dinheiro pelos quais está sendo acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Castellar Modesto argumentou, ainda, que o escândalo formado em torno de seu cliente não o impediu de continuar sua vida política e manter ''o respaldo e a confiança'' dos eleitores.

''Em 2008, quando esse assunto ainda era usado pela imprensa, Adauto foi eleito prefeito'' da cidade de Uberaba, cargo que disputará novamente nas eleições municipais de outubro, disse o advogado, que considerou que os votos recebidos por seu cliente foram ''uma vitória moral perante a infâmia''.


Além de Adauto, os ex-ministros da Presidência José Dirceu e Luiz Gushiken, ambos do PT, negaram todas as acusações. Também apresentaram suas defesas nesta terça-feira os representantes dos ex-deputados do PT Luiz Carlos da Silva, conhecido como ''Professor Luizinho'', Paulo Rocha e João Magno, que como todos os outros acusados se defenderam alegando que o dinheiro que receberam do partido foi destinado ao pagamento de dívidas de campanhas eleitorais.

A fase de apresentação de alegações das defesas será concluída amanhã, quando o STF escutará os advogados de Duda Mendonça, diretor da campanha que em 2002 levou Lula ao poder.

Na época em que os escândalos foram denunciados, Mendonça disse que o PT tinha depositado parte de seus honorários em contas que abriu para esse fim em paraísos fiscais, por isso foi acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Uma vez concluída a apresentação de todas as alegações, os 11 magistrados da corte começarão a apresentar seus votos sobre a responsabilidade de cada um dos acusados, tarefa que deve levar mais de uma semana.

Após o debate dos magistrados, o STF divulgará as sentenças individuais, possivelmente antes de setembro.

Veja também

Brasília - O ex-ministro de Transportes Anderson Adauto negou nesta terça-feira através de sua defesa qualquer participação no mensalão , escândalo ocorrido em 2005, durante a gestão presidencial de Lula.

Adauto é um dos 38 acusados de participação em uma suposta rede de corrupção para financiar campanhas eleitorais e subornar parlamentares para garantir ao governo Lula a maioria parlamentar que em 2002 não tinha alcançado nas urnas.

O advogado Castellar Modesto, defensor do ex-ministro, declarou na Superior Tribunal Federal (STF) que seu cliente apenas intermediou entre o PL, do qual fazia parte, e o PT, apoio financeiro para campanhas eleitorais.

O extinto PL fazia parte da coalizão que apoiava Lula, fato que Castellar Modesto usou para negar que os deputados desse partido tivessem sido subornados para votar a favor de projetos propostos pelo governo.

Segundo o advogado, ''não existe uma prova'' nem ''um só testemunho'' que implique o ex-ministro nos delitos de corrupção ativa e lavagem de dinheiro pelos quais está sendo acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Castellar Modesto argumentou, ainda, que o escândalo formado em torno de seu cliente não o impediu de continuar sua vida política e manter ''o respaldo e a confiança'' dos eleitores.

''Em 2008, quando esse assunto ainda era usado pela imprensa, Adauto foi eleito prefeito'' da cidade de Uberaba, cargo que disputará novamente nas eleições municipais de outubro, disse o advogado, que considerou que os votos recebidos por seu cliente foram ''uma vitória moral perante a infâmia''.


Além de Adauto, os ex-ministros da Presidência José Dirceu e Luiz Gushiken, ambos do PT, negaram todas as acusações. Também apresentaram suas defesas nesta terça-feira os representantes dos ex-deputados do PT Luiz Carlos da Silva, conhecido como ''Professor Luizinho'', Paulo Rocha e João Magno, que como todos os outros acusados se defenderam alegando que o dinheiro que receberam do partido foi destinado ao pagamento de dívidas de campanhas eleitorais.

A fase de apresentação de alegações das defesas será concluída amanhã, quando o STF escutará os advogados de Duda Mendonça, diretor da campanha que em 2002 levou Lula ao poder.

Na época em que os escândalos foram denunciados, Mendonça disse que o PT tinha depositado parte de seus honorários em contas que abriu para esse fim em paraísos fiscais, por isso foi acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Uma vez concluída a apresentação de todas as alegações, os 11 magistrados da corte começarão a apresentar seus votos sobre a responsabilidade de cada um dos acusados, tarefa que deve levar mais de uma semana.

Após o debate dos magistrados, o STF divulgará as sentenças individuais, possivelmente antes de setembro.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolíticaPolítica no Brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame