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1. 1. Espírito Santo
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São Paulo – O Brasil é um dos países do mundo com a maior taxa de homicídios femininos, segundo o estudo
Mapa da Violência, realizado pelo professor Julio Jacobo Waiselfisz, do Instituto Sangari. É o sétimo país com a maior taxa, para ser exato. Estamos atrás apenas de El Salvador,Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia, Colômbia e Belize. Dentre os estados brasileiros, o Espírito Santo é aquele onde acontecem mais homicídios de mulheres. E os números impressionam: o estado supera duas vezes a média nacional. São 9,4 homicídios em cada 100 mil mulheres, um número quase quatro vezes maior do que o do Piauí, estado que representa o menor índice do país.
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2. 2. Alagoas
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2/7 (Wikimedia Commons)
No relatório realizado pelo professor Julio Jacobo Waiselfisz, do Instituto Sangari, alguns dados chamam atenção: no caso de homicídio de homens e mulheres, armas de fogo são as mais utilizadas. A segunda arma mais comum é o objeto cortante ou penetrante, mas eles são mais usados em mulheres (26%) do que em homens (15,5%). No estado do Alagoas, o segundo mais violento para mulheres, a taxa é de 8,3 homicídios em cada 100 mil mulheres.
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3. 3. Paraná
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3/7 (Franz Kölbl/Wikimedia Commons)
Segundo o professor Waiselfisz, os estados com os piores números buscam justificar a violência. "Esses são os estados nos quais a vítima se torna culpada. Na verdade, a culpa é da segurança pública. É um absurdo, mas eu já vi secretários de segurança aconselhendo mulheres a 'não se vestir como prostitutas'", diz. No Paraná, a taxa é de 6,3 homicídios em cada 100 mil mulheres.
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4. 4. Paraíba
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4/7 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Segundo o relatório, outra grande diferença entre os assassinatos de homens e mulheres está no local onde eles acontecem. Enquanto apenas 14,7% dos homens sofre de morte violenta em casa, 40% dos homicídios de mulheres acontecem no local onde elas moram. Na Paraíba, os números também impressionam: são 6 homicídios em cada 100 mil mulheres.
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5. 5. Mato Grosso do Sul
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5/7 (Wikimedia Commons)
Para o professor, "A tolerância do Estado acompanha e promove a violência contra a mulher". Ou seja, falta ação dos estados para que os números de homicídios contra mulheres e violência doméstica diminuam. "Tem que ser feita a transição do privado para o público: acabar com a mentalidade de que o que acontece em casa é particular, que ninguém tem a ver com isso", completa Waiselfisz. No estado do Mato Grosso do Sul, são 6 homicídios em cada 100 mil mulheres.
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6. 7. Distrito Federal
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6/7 (Mario Roberto Durán Ortiz/Wikimedia Commons)
Nem a capital do país escapou da lista das unidades federativas com maior número de assassinato de mulheres. O Distrito Federal tem 5,8 homicídios em cada 100 mil mulheres. Em seguida, o estado da Bahia aparece em oitavo lugar, com 5,6 homicídios em cada 100 mil mulheres. Os maiores centros urbanos brasileiros, em contra partida, estão entre os menos violentos: o Rio de Janeiro está em 25º lugar dentre as 27 unidades federativas (3,2 homicídios em cada 100 mil mulheres) e São Paulo aparece em penúltimo lugar na lista (3,1 homicídios em cada 100 mil mulheres). O estado brasileiro com a menor taxa é o Piauí, que tem 2,6 homicídios em cada 100 mil mulheres. "No Piauí, há um empenho e uma forte política de intolerância da violência", explica o professor. "A maior parte dos casos de violência contra mulher vem de um parente dela. É uma questão 'cultural' que não pode ser tolerada", completa.
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7. Agora, veja 5 países onde a saúde pública funciona
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7/7 (Marcelo Breyne)