Oposição vai recorrer de decisão de Pacheco sobre CPMI, diz Marinho
Pacheco indeferiu apelação de Marinho contra uma manobra regimental de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) parar tirar do bloco liderado pelo PL uma vaga na CPMI e a dar ao bloco do PT
Estadão Conteúdo
Agência de notícias
Publicado em 5 de maio de 2023 às 12h53.
O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse nesta sexta-feira, 5, que recorrerá contra a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que enfraqueceu o grupo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os ataques às sedes dos Poderes em 8 de Janeiro .
Pacheco indeferiu apelação de Marinho contra uma manobra regimental de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) parar tirar do bloco liderado pelo PL uma vaga na CPMI e a dar ao bloco do PT. A decisão do presidente do Senado foi publicada mais cedo no Diário do Congresso Nacional.
- Em despacho, Pacheco confirma enfraquecimento da oposição na CPMI de 8 de Janeiro
- Governo federal anuncia concurso público para Funai e Ministério do Meio Ambiente; veja as vagas
- General Amaro é nomeado ministro do GSI e Cappelli volta ao cargo de secretário-executivo
- Lula antecipa 13º salário de 30 milhões de aposentados do INSS; veja calendário
- STF valida piso nacional de agentes comunitários de saúde
- Brasil volta a exigir visto para turistas dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão
O novo recurso de Marinho será à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. De acordo com ele, a interpretação do regimento que validou a manobra de Randolfe foi casuísta. O senador, porém, disse que não deve haver judicialização do caso .
O que disse Rogério Marinho?
“Espero que não seja uma manobra de procrastinação da CPMI”, disse Marinho a jornalistas. Ele afirmou que só uma “catástrofe do ponto de vista legal” impediria a instalação da CPMI, e que a oposição fará sua parte para não haver “desculpa” que impeça a comissão de funcionar.
O presidente do Senado leu o requerimento de criação da CPMI na sessão do Congresso Nacional, que reúne senadores e deputados, de 26 de abril.
Os opositores querem a CPMI para tentar emplacar a versão de que o governo foi negligente com a segurança naquele dia e, por isso também tem responsabilidade sobre os ataques. Marinho disse que ministro da Justiça, Flávio Dino, precisa comparecer à CPMI para explicar o “apagão” na área.
Governistas, nas últimas semanas, passaram a se dizer favoráveis à investigação. A estratégia seria construir maioria na CMPI e usar a comissão para aumentar a pressão sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu grupo político.