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Oposição promete regras claras para a economia na CNI

Aécio Neves e Eduardo Campos afirmaram que a economia brasileira está parada e a indústria se estagnou desde 2009


	Aécio: "espere do meu governo uma regulação clara dos mercados", disse
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Aécio: "espere do meu governo uma regulação clara dos mercados", disse (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 09h16.

Brasília - Sabatinados por empresários da Confederação Nacional da Indústria (CNI) antes da presidente Dilma Rousseff, nessa quarta-feira, 30, os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), afirmaram que a economia brasileira está parada e a indústria se estagnou desde 2009.

"Não espere em nosso governo plano A, ou plano ‘Brasil Melhor.’ Espere do meu governo uma regulação clara dos mercados", disse o candidato tucano aos empresários.

Aécio e Campos tentaram se apresentar como a solução para o País, já que, para os dois, com o atual governo não é possível restabelecer a confiança do investidor no Brasil.

"Ou mudamos ou vamos jogar fora a chance que custou tanto trabalho da gente brasileira. A sociedade quer que baixe a carga tributária de 37%", disse Campos.

Os dois convergiram em apenas duas propostas, que detalharam com maior precisão. Uma delas é a de reforma tributária que simplifique os impostos e adote o Imposto de Valor Agregado (IVA) - um tributo único que incidiria sobre o consumo. Campos disse que encaminharia ao Congresso a proposta na primeira semana de governo.

Outro ponto de convergência foi a política externa. Ambos avaliam que é necessária uma agenda mais comercial e menos ideológica, que privilegie acordos bilaterais. Deixaram claro que o Mercosul não terá a mesma prioridade dada por Dilma.

CLT

Indagados se patrocinarão mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho, que, segundo a CNI, tem cláusulas ultrapassadas, Dilma e Campos disseram que é preciso patrocinar um diálogo entre trabalhadores, governo e empresários, mas rejeitaram alteração em direitos como o 13.º salário e as horas extras.

"Minha história de vida não me permite tirar direito de trabalhadores", afirmou Campos.

"Não é possível rasgar conquistas como o 13.º e as horas extras", disse a presidente. Ela afirmou que não é contra a terceirização, mas rejeita a precarização das condições de trabalho. Aécio não foi questionado sobre o tema.

Na parte mais política do evento, Campos associou os adversários a "grupos políticos atrasados". O tucano e o ex-governador acusaram o governo Dilma de aparelhar a administração federal para manter a base de sustentação no Congresso.

Disseram que, se eleitos, vão reduzir o número de ministérios - Campos, pela metade, Aécio, de 39 para entre 21 e 23 - e cortar parte dos 22 mil servidores comissionados que, segundo eles, só servem para aparelhar a máquina. (Colaboraram Daiene Cardoso, Nivaldo Souza, Ricardo Della Colletta, Ricardo Brito e Rafael Moraes Moura). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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