Marta Suplicy: mesmo com todo o assédio, Marta ainda não se pronunciou a respeito do tema (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 18h18.
São Paulo - A senadora Marta Suplicy (PT-SP) é um dos principais nomes cogitados pela Frente de Oposição da Câmara dos Deputados para disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições do ano que vem.
Os líderes do Solidariedade, PPS, PV e PSB, que formam o bloco, acreditam que ela é um nome forte para a disputa não apenas por já ter sido prefeita, mas também pelo capital político que tem.
"Com Marta na disputa, podemos ganhar as eleições", disse o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Paulinho contou que conversou com Marta no final do ano passado e que uma nova conversa deverá ocorrer ainda este mês.
"Não tem nada definido ainda, mas estamos conversando e a senadora demonstrou que tem interesse em ouvir a nossa proposta".
Além dos partidos da Frente de Oposição, outras legendas, como o PMDB, já sinalizaram que pretendem conversar com a senadora a respeito da possibilidade de ela deixar o PT e concorrer por outra sigla contra o petista Fernando Haddad na eleição municipal de 2016.
Caso opte pela Frente de Oposição, Marta terá um tempo de TV equivalente ao que teria se disputasse por seu partido, o PT.
Este bloco possui 67 deputados federais eleitos, número equivalente ao do PT, com 70 deputados eleitos, e o PMDB, com 66.
No ano passado, Marta deixou o Ministério da Cultura e retomou sua cadeira no Senado Federal.
Sua saída do primeiro escalão foi marcada por críticas à atual gestão e provocou tensão em suas relações com dirigentes do PT, partido que ajudou a fundar, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, e a própria presidente da República, Dilma Rousseff.
Mesmo com todo assédio, Marta ainda não se pronunciou a respeito do tema, tampouco disse se irá ou não deixar o PT.
Lideranças da sigla, como o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, já disseram não acreditar na saída da senadora da legenda.
O problema é que ela demonstrou disposição em disputar a Prefeitura de São Paulo, enquanto Lula e Dilma continuam apoiando o atual prefeito Fernando Haddad.