Oposição diz que falta vergonha a Dilma
Deputados e senadores oposicionistas voltaram a apontar contradição entre o discurso de campanha e as práticas atuais, o que Dilma negou em seu pronunciamento
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 20h03.
Brasília - A oposição reagiu com indignação ao pronunciamento feito nesta terça-feira, 27, pela presidente Dilma Rousseff na abertura da primeira reunião ministerial deste segundo governo, em Brasília.
Para deputados e senadores oposicionistas, em sua primeira fala desde a posse, a petista mentiu e mostrou "falta de vergonha" ao afirmar que as medidas econômicas adotadas no início deste ano são necessárias para "manter o rumo, preservando as prioridades sociais".
Eles também voltaram a apontar contradição entre o discurso de campanha e as práticas atuais, o que Dilma negou em seu pronunciamento.
"A quem ela pensa que pode enganar? Esse tipo de mentira recorrente e a tentativa permanente de iludir a opinião pública causa revolta e a descredencia ainda mais. Não basta mentir durante toda a campanha como candidata e agora vai continuar mentindo como presidente? Tem que ter vergonha. Está faltando vergonha", disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
Para líderes do DEM no Congresso, a fala de Dilma demonstra que o governo quer combater a crise com "retórica".
Para o líder da bancada na Câmara, Mendonça Filho (PE), e para o líder da oposição no Congresso, deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (GO), Dilma tenta adotar agora o marketing da campanha eleitoral petista de "vender uma versão fantasiosa" da situação econômica do País.
"Dilma venceu a eleição defenestrando seus opositores e agora recorre ao 'estilo João Santana' (marqueteiro da campanha presidencial) para que ministros vendam esse Brasil de ilusão que foi forjado durante a campanha. Não se vence uma crise econômica com palavras. Não é com a continuação da mentira que a inflação vai diminuir e o país vai voltar a crescer ", atacou Caiado em nota divulgada pela bancada do partido.
O senador eleito apontou contradições no discurso da presidente.
"Como é que depois de suspender R$ 10 bilhões em direitos trabalhistas se pode falar que eles são intocáveis? Como é que o Brasil quer ser uma pátria educadora retirando recursos do MEC e bolsas de ensino?", questionou.
"Dilma prometeu uma coisa na campanha, fez o inverso assim que assumiu, mandou a conta do descalabro econômico para a classe média e ainda tem a coragem de ir a público pregar diante de seus ministros a continuação da guerra de comunicação", afirmou Mendonça Filho.
Mendonça disse que o atual governo se utiliza da "enganação" como método de gestão.
Nesta tarde, a presidente disse que as medidas de ajuste adotadas pelo governo são de "caráter corretivo".
Para a oposição, o governo faz uma "confissão" de falhas na condução da política econômica nos últimos anos.
"Se é caráter corretivo é para se corrigir algo que falhou e ainda precisa ser corrigido", afirmou Mendonça.
Brasília - A oposição reagiu com indignação ao pronunciamento feito nesta terça-feira, 27, pela presidente Dilma Rousseff na abertura da primeira reunião ministerial deste segundo governo, em Brasília.
Para deputados e senadores oposicionistas, em sua primeira fala desde a posse, a petista mentiu e mostrou "falta de vergonha" ao afirmar que as medidas econômicas adotadas no início deste ano são necessárias para "manter o rumo, preservando as prioridades sociais".
Eles também voltaram a apontar contradição entre o discurso de campanha e as práticas atuais, o que Dilma negou em seu pronunciamento.
"A quem ela pensa que pode enganar? Esse tipo de mentira recorrente e a tentativa permanente de iludir a opinião pública causa revolta e a descredencia ainda mais. Não basta mentir durante toda a campanha como candidata e agora vai continuar mentindo como presidente? Tem que ter vergonha. Está faltando vergonha", disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
Para líderes do DEM no Congresso, a fala de Dilma demonstra que o governo quer combater a crise com "retórica".
Para o líder da bancada na Câmara, Mendonça Filho (PE), e para o líder da oposição no Congresso, deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (GO), Dilma tenta adotar agora o marketing da campanha eleitoral petista de "vender uma versão fantasiosa" da situação econômica do País.
"Dilma venceu a eleição defenestrando seus opositores e agora recorre ao 'estilo João Santana' (marqueteiro da campanha presidencial) para que ministros vendam esse Brasil de ilusão que foi forjado durante a campanha. Não se vence uma crise econômica com palavras. Não é com a continuação da mentira que a inflação vai diminuir e o país vai voltar a crescer ", atacou Caiado em nota divulgada pela bancada do partido.
O senador eleito apontou contradições no discurso da presidente.
"Como é que depois de suspender R$ 10 bilhões em direitos trabalhistas se pode falar que eles são intocáveis? Como é que o Brasil quer ser uma pátria educadora retirando recursos do MEC e bolsas de ensino?", questionou.
"Dilma prometeu uma coisa na campanha, fez o inverso assim que assumiu, mandou a conta do descalabro econômico para a classe média e ainda tem a coragem de ir a público pregar diante de seus ministros a continuação da guerra de comunicação", afirmou Mendonça Filho.
Mendonça disse que o atual governo se utiliza da "enganação" como método de gestão.
Nesta tarde, a presidente disse que as medidas de ajuste adotadas pelo governo são de "caráter corretivo".
Para a oposição, o governo faz uma "confissão" de falhas na condução da política econômica nos últimos anos.
"Se é caráter corretivo é para se corrigir algo que falhou e ainda precisa ser corrigido", afirmou Mendonça.