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Operação liberta nicaraguenses de trabalho escravo em RR

Dois nicaraguenses que estavam em uma situação análoga à de trabalho escravo foram libertados no domingo em Roraima

Trabalho escravo: vítimas ficaram 8 meses sem receber nenhum tipo de remuneração (Janduari Simões)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 14h37.

Rio de Janeiro - Dois trabalhadores nicaraguenses que estavam em uma situação análoga à de trabalho escravo foram libertados no domingo em Cantá, município do estado de Roraima , no marco de uma operação denominada "Black Bird" (Pássaro Negro), informou nesta segunda-feira a polícia.

Os dois nicaraguenses foram resgatados em uma fazenda de uma zona rural de difícil acesso e, segundo as vítimas, ficaram oito meses sem receber nenhum tipo de retribuição econômica por seu trabalho e nem provisões suficientes para uma alimentação adequada.

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Quando os agentes chegaram ao local onde se encontravam as vítimas constataram a inexistência de condições mínimas de trabalho, higiene e segurança, segundo o comunicado da Polícia Federal.

Aparentemente, os dois homens foram contratados nos Estados Unidos por um cidadão de nacionalidade brasileira e que seria o irmão do proprietário da fazenda, afirmaram perante a Polícia os dois trabalhadores.

Os nicaraguenses foram transferidos à Superintendência da Polícia Federal de Boa Vista para registrar o fato e adotar as medidas legais procedentes.

Um total de 109 empregadores foram acusados durante o primeiro semestre do ano no Brasil de ter 421 trabalhadores em condições análogas às de escravidão, segundo um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego brasileiro divulgado na semana passada.

A maior parte das intervenções até junho deste ano aconteceu em fazendas e fábricas do âmbito rural.

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