Alexandre Padilha: ministro afirmou que Mais Médicos exige registro profissional no país de origem, além do diploma, para evitar tentativas de fraudes (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2013 às 17h39.
Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 18, que a Operação Esculápio, deflagrada para desmontar um esquema de falsificação de diplomas de medicina, não tem nenhuma relação com o Programa Mais Médicos.
Um grupo de estudantes da Bolívia apresentou documentos falsos, reivindicando a validação, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A UFMT mantém um sistema para reconhecimento de certificados obtidos no exterior independente do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), feito pelo Ministério da Educação (MEC).
"A partir das denúncias, investigações foram realizadas em 14 Estados", disse. Padilha afirmou que um sistema de filtros foi adotado, com colaboração da Polícia Federal (PF), para assegurar que integrantes do Mais Médicos tenham os antecedentes criminais checados. Quando dificuldades são identificadas, o candidato é recusado.
Padilha afirmou que o programa também exige o registro profissional no país de origem, além do diploma, para evitar tentativas de fraudes.
"Nossa parceria com a Polícia Federal deverá ser ampliada, principalmente a partir das próximas semanas, quando o próprio Ministério da Saúde passar a emitir os registros", disse.
Ele observou também que médicos formados na Bolívia não são aceitos no Mais Médicos.
Pelas regras do programa, lançado em julho pelo governo, somente são aceitos profissionais procedentes de países com uma relação de médicos por população superior à apresentada pelo Brasil. A Bolívia tem uma relação de médicos por população inferior à marca brasileira.