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ONU escolhe brasileiro para ser o fiscal da água

Em uma decisão tomada nesta quinta-feira, 6, a entidade anunciou que Leo Heller será o novo relator da ONU para o direito à água e saneamento


	Ban Ki-moon, da ONU: Alckmin enviou carta ao secretário para se queixar de antiga "fiscal da água"
 (Haidar Hamdani/AFP)

Ban Ki-moon, da ONU: Alckmin enviou carta ao secretário para se queixar de antiga "fiscal da água" (Haidar Hamdani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 15h36.

Genebra - A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu um brasileiro como "fiscal" para garantir que governos cumpram o dever de fornecer água e saneamento a sua população.

Em uma decisão tomada nesta quinta-feira, 6, a entidade anunciou que Leo Heller será o novo relator da ONU para o direito à água e saneamento.

Heller substitui a portuguesa Catarina Albuquerque que, desde 2013, vem causando uma série de dores de cabeça a governos no Brasil.

No ano passado, ela planejava uma visita ao país quando, de última hora, o governo de Dilma Rousseff retirou seu convite temendo a repercussão de sua investigação.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou o veto à viagem, criando uma crise interna entre a ONU e o governo.

Brasília foi obrigada a rever sua decisão e a visita acabou ocorrendo em dezembro de 2013, mas apenas para constatar a crise de saneamento e água no país.

Quando seu informe foi divulgado com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, ele revelava que 77 milhões de brasileiros ainda não têm um abastecimento de água regular e de qualidade.

Catarina Albuquerque também apontou que 114 milhões de brasileiros não têm "uma solução sanitária apropriada".

Há um mês, a portuguesa se envolveu em outra crise diplomática quando acusou o governo de São Paulo de ser responsável pela falta de água na cidade.

O governador Geraldo Alckmin enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, para se queixar. Mas Catarina Albuquerque se recusou a se retratar.

Agora, ela deixa seu cargo e Heller assumirá a função a partir de 2015. Em seu mandato estará o trabalho de percorrer o mundo para identificar de que forma governos estão agindo para garantir que seus cidadãos tenham acesso à água e fazer recomendações para que violações sejam ratificadas.

Como Catarina acaba de emitir um informe sobre o Brasil, dificilmente Heller voltará a tratar da situação do país nos próximos dois anos.

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