ONS: racionamento só será recomendado se projeções mudarem
Representantes da Empresa de Pesquisa Energética e do Operador Nacional do Sistema Elétrico disseram que não há indicadores que apontem necessidade de racionar
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 16h57.
Rio de Janeiro -O racionamento de energia só será recomendado pelo setor elétrico se for necessário, afirmaram hoje (6) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ), Hermes Chipp.
Ambos disseram que não há indicadores que apontem essa necessidade, mas que, caso isso mude, os agentes do setor não deixarão de recomendar o racionamento.
"Ninguém vai se furtar de tomar nenhuma medida. O que não se pode é tomar uma medida precipitada, porque isso tem um custo também. É preciso haver indicadores claros de que isso é necessário, e, hoje, os dados apresentados pelo ONS não imputam essa necessidade", disse Tolmasquim.
"A última projeção previu os reservatórios em 18% em novembro. A gente está num cenário que é de atenção ainda, mas, é claro, um cenário mais confortável do que antes. E esperamos que continue assim", concluiu.
Hermes Chipp afirmou que a previsão para novembro, mês em que termina a época de seca no Sudeste, é de que os reservatórios da região cheguem a 18,5%, caso a afluência dos rios se confirme em 78% da média histórica.
Para isso, também será necessário articular a flexibilização das restrições às hidrelétrica com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e com a Agência Nacional de Águas. Em alguns casos, há requisitos de uso múltiplo da água, para permitir o trânsito em hidrovias e a captação.
"Em primeiro lugar, existe um aspecto muito importante nessa decisão [de iniciar um racionamento], que eu chamo de dois riscos: o primeiro é o risco de se precipitar sem haver a necessidade corrente, e você ter um arrependimento, dada a consequência que existe nessa decisão, principalmente para os geradores, e o fato de criar um transtorno desnecessário. E a outra é você não fazer e criar um problema mais sério no futuro. Como eu mostrei, não se tem hoje nenhum indicador que aponte uma racionalização ou uma campanha de racionamento", disse Chipp.
Como Tolmasquim, o diretor-geral do ONS assegurou que o operador recomendará o racionamento caso haja uma afluência menor e níveis mais baixos nos reservatórios. "Mas isso não é esperado. Está fora de cogitação", afirmou Chipp, antecipando que não pedirá nenhuma mudança na política energética na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que ocorrerá amanhã.
Rio de Janeiro -O racionamento de energia só será recomendado pelo setor elétrico se for necessário, afirmaram hoje (6) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ), Hermes Chipp.
Ambos disseram que não há indicadores que apontem essa necessidade, mas que, caso isso mude, os agentes do setor não deixarão de recomendar o racionamento.
"Ninguém vai se furtar de tomar nenhuma medida. O que não se pode é tomar uma medida precipitada, porque isso tem um custo também. É preciso haver indicadores claros de que isso é necessário, e, hoje, os dados apresentados pelo ONS não imputam essa necessidade", disse Tolmasquim.
"A última projeção previu os reservatórios em 18% em novembro. A gente está num cenário que é de atenção ainda, mas, é claro, um cenário mais confortável do que antes. E esperamos que continue assim", concluiu.
Hermes Chipp afirmou que a previsão para novembro, mês em que termina a época de seca no Sudeste, é de que os reservatórios da região cheguem a 18,5%, caso a afluência dos rios se confirme em 78% da média histórica.
Para isso, também será necessário articular a flexibilização das restrições às hidrelétrica com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e com a Agência Nacional de Águas. Em alguns casos, há requisitos de uso múltiplo da água, para permitir o trânsito em hidrovias e a captação.
"Em primeiro lugar, existe um aspecto muito importante nessa decisão [de iniciar um racionamento], que eu chamo de dois riscos: o primeiro é o risco de se precipitar sem haver a necessidade corrente, e você ter um arrependimento, dada a consequência que existe nessa decisão, principalmente para os geradores, e o fato de criar um transtorno desnecessário. E a outra é você não fazer e criar um problema mais sério no futuro. Como eu mostrei, não se tem hoje nenhum indicador que aponte uma racionalização ou uma campanha de racionamento", disse Chipp.
Como Tolmasquim, o diretor-geral do ONS assegurou que o operador recomendará o racionamento caso haja uma afluência menor e níveis mais baixos nos reservatórios. "Mas isso não é esperado. Está fora de cogitação", afirmou Chipp, antecipando que não pedirá nenhuma mudança na política energética na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que ocorrerá amanhã.