Mulheres olhando pintura feita por homens (Mario Tama)
Clara Cerioni
Publicado em 14 de maio de 2017 às 06h30.
Última atualização em 14 de maio de 2017 às 06h30.
São Paulo - Apesar de um maior tempo de estudo, a renda média das mulheres brasileiras é um terço menor do que a dos homens no Brasil. Essa é a conclusão de um estudo divulgado nesta quarta-feira (10) pelo escritório brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo o estudo, em Santa Catarina essa realidade é ainda mais gritante. Lá, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) Renda das mulheres é 28% menor do que o dos homens. No extremo oposto está o Piauí, com uma desigualdade de 9,1% entre os gêneros.
No entanto, as mulheres estudam 9 anos a mais do que os homens no Brasil. Em Santa Catarina essa diferença é ainda maior, de 10 anos.
A pesquisa levou em consideração a diferença de renda também dentro dos lares brasileiros. Geralmente, levantamentos dessa natureza pressupõem que em uma família todos ganham o mesmo, independente do sexo ou da idade.
O resultado do IDHM Renda, que considera a renda do trabalho como sua principal variável, também considerou o crescimento da proporção de domicílios chefiados por mulheres, que nos últimos 20 anos, passou de 23% para 40%.
A quantidade de horas trabalhadas por profissionais do sexo feminino também foi determinante para o resultado, uma vez que elas trabalham em média 7,5 horas semanais a mais que os homens e ainda conciliam a jornada de trabalho remunerado com o doméstico.
Veja a seguir os estados brasileiros que lideram o ranking da diferença de renda entre gêneros:
ESTADOS | DIFERENÇA SALARIAL (%) | |
---|---|---|
1º | Santa Catarina | 28 |
2º | Goiás | 27,6 |
3º | Paraná | 27,4 |
4º | Mato Grosso do Sul | 27,3 |
5º | Mato Grosso | 26,4 |
6º | Rondônia | 26,3 |
7º | São Paulo | 25,3 |
8º | Espírito Santo | 25,2 |
9º | Minas Gerais | 25,2 |
10º | Rio Grande do Sul | 24,1 |