Onda de calor: após o calor recorde para o inverno, temperaturas vão cair (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 23 de agosto de 2023 às 12h03.
Última atualização em 23 de agosto de 2023 às 13h59.
A cidade de São Paulo pode registrar na quinta-feira, 24, a maior temperatura para o mês de agosto desde 1955, segundo os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão desta quarta-feira é de máxima de 33 ºC. Para quinta-feira, a temperatura pode chegar a até 34 ºC.
Se confirmada, essa será a maior temperatura para o mês desde o início dos registros pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1943. O recorde anterior para agosto é de 33,1 ºC em 1952 e 1955.
Na região central do estado, existe a possibilidade de os termômetros marcarem 40 ºC. O alerta foi dado pelo capitão Roberto Farina Filho, diretor de Comunicação Social da Defesa Civil do Estado, durante entrevista à Rádio Eldorado.
Segundo o Clima Tempo, a causa das altas temperaturas tem relação com uma grande massa de ar quente e seco que ganhou força no Brasil. Após o calor, a temperatura vai cair a partir de sexta-feira.
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
A tendência é que os índices de umidade relativa do ar fiquem acima dos 30% na cidade.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Defesa Civil de SP, o calor mais intenso deve ser registrado nas faixas oeste e noroeste paulista, nas regiões de Jales e Araçatuba, onde os termômetros devem passar dos 40°C durante as tardes, principalmente quarta e quinta-feira. Nessas regiões é preciso atenção redobrada para o índice de umidade relativa do ar, que deve ficar abaixo dos 20%, aumentando o risco de incêndios florestais.
Na capital e na região metropolitana de São Paulo, a temperatura máxima será de 34°C e a umidade relativa do ar vai chegar a 25%, o que caracteriza nível de atenção.
Por causa do tempo seco, a Defesa Civil alerta para que a população não incendeie áreas de vegetação nem jogue bitucas de cigarro em rodovias. Além de causar incêndios de grande proporção, essas condutas são crimes ambientais.
Com o calor, é recomendável que as pessoas bebam bastante água e se protejam do sol, além de evitar exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes do dia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores considerados adequados para a saúde devem estar entre 50% e 60%. Para enfrentar os efeitos no organismo, a recomendação principal é manter a hidratação.
No caso do tempo seco, acende-se ainda o alerta para o aumento da possibilidade de transmissão de doenças infeccionais virais e bacterianas, assim como pode haver o agravamento do quadro de pessoas que sofrem de alergias respiratórias.
Com a baixa umidade relativa do ar, observa-se também o aumento da irritação de todas as mucosas, como a ocular e a nasal, até a sensação de boca mais seca.