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Onda de calor deve permanecer até a segunda quinzena de outubro

Calor deve-se a uma massa de ar seco sobre a região central do país, que impede chegada de frentes frias

SP: algumas capitais registraram nesta sexta temperaturas acima de 33° (Fernando Frazão/Agência Brasil)

SP: algumas capitais registraram nesta sexta temperaturas acima de 33° (Fernando Frazão/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 21h30.

A onda de calor que assola o centro do Brasil deve permanecer até a segunda quinzena deste mês. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), consultado pela Agência Brasil. Hoje foram registradas máximas de 33º em Brasília; 41° em Cuiabá; 40° em Campo Grande; 38° em Goiânia; 40º em Palmas e 37° em Belo Horizonte.

As altas temperaturas devem-se a uma massa de ar seco posicionada sobre a região central do país, que impede a chegada das frentes frias e outros eventos climáticos que poderiam trazer maior nebulosidade e ocorrência de chuvas.

O fenômeno vem provocando altas temperaturas não somente nos estados da Região Centro-Oeste, mas também no Sudeste, em algumas áreas do centro-sul do Pará, do Tocantins, oeste da Bahia e norte e nordeste do Paraná.

“A massa de ar quente funciona como se fosse um bloqueio que impede o sistema de formar nuvens, e não ocorrem as chuvas. O canal de umidade que vem do Norte não consegue adentrar no Centro-Oeste trazendo chuvas”, explicou Heráclio Alves, meteorologista do Inmet.

Na segunda quinzena de outubro, essa massa de ar seco deve perder força. Com isso, a frente fria vinda do Sul avançará gradativamente, permitindo a formação de nuvens e a presença de chuvas no centro do Brasil.

Alves disse que não é possível prever ainda como as temperaturas ficarão na segunda quinzena deste mês. Segundo o meteorologista, quando se iniciam as chuvas, já começa a ocorrer uma queda bastante significativa de temperatura, mas isso pode variar de dia para dia.

Ele explicou que, uma vez que a frente fria se desloque do Sul para o Norte, as temperaturas e a seca devem ser amenizadas primeiramente no Sudeste, em Mato Grosso do Sul e sul de Goiás e depois se expandir para Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins e sul do Pará.

A massa de ar seco deve se deslocar para o oeste da Região Nordeste, contribuindo para o tempo seco no sertão, característico deste período.

De acordo com Heráclio Alves, neste fim de semana, alguns locais da Região Sudeste devem ter um "alívio" nas temperaturas. “Na faixa mais a leste, incluindo leste de São Paulo e Rio de Janeiro, neste fim de semana, vai ter massa de ar mais frio que avança pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina, mas com poucas chances de chuva. O calor diminui a partir de domingo, mas vai ser passageiro, até terça ou quarta-feira.

Cuidados

A nutricionista Tatiana Russel lembra cuidados importantes neste período de muito calor e baixa umidade. A primeira recomendação é tomar muita água. Tatiana alerta que, apesar de este ser um conselho “batido”, muitas pessoas não o observam no cotidiano, mas é preciso que fiquem atentas.

O segundo cuidado é evitar comidas pesadas, com muita fritura ou muito caldo. O apetite tende a diminuir no calor, principalmente na hora do almoço. Alternativas importantes são saladas cruas, vegetais cozidos e proteínas. Além de não deixar as pessoas com a sensação de peso, a digestão desses alimentos é melhor.

Tatiana enfatiza que o cuidado tem que aumentar a umidade do ar fica abaixo de 30%. A partir daí, é preciso intensificar medidas como aumentar o consumo de água e evitar atividades que possam ser prejudicadas pelo calor, como exercícios em horários em que o sol está mais forte, como o fim da manhã, a hora do almoço e o início da tarde.

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