Brasil

OMI facilita transferência de migrantes venezuelanos dentro do Brasil

Desde abril, 4,3 mil venezuelanos foram transferidos de Roraima para outras regiões do país

Imigrantes venezuelanos atravessam a fronteira com Roraima (Nacho Doce/Reuters)

Imigrantes venezuelanos atravessam a fronteira com Roraima (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 12h11.

Genebra - Um total de cem venezuelanos foram transferidos durante o final de semana dentro do Brasil desde a cidade de Boa Vista (Roraima) até Campo Grande (Mato Grosso) nos primeiros voos facilitados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Em coordenação com o Exército brasileiro, esta mudança faz parte de uma estratégia de reassentamento da qual se beneficiaram, desde abril, 4,3 mil migrantes venezuelanos que foram transferidos do estado de Roraima a outras zonas do país, disse nesta terça-feira a organização.

Em entrevista coletiva em Genebra, o porta-voz Joel Millman explicou que a particularidade dos voos que foram realizados no último dia 2 é que neles viajaram venezuelanos que tinham sido pré-selecionados para empregos fora de Roraima.

As companhias publicam as vagas e identifica as pessoas que reúnem as condições necessárias. Depois disso, essas pessoas passam por um processo seletivo que inclui entrevistas e uma análise de currículo.

Destas duas últimas etapas se encarregam entidades das Forças Armadas do Brasil, explicou o porta-voz, que acrescentou que a participação neste programa é voluntária.

Um total de 300 venezuelanos mostraram interesse por essas oportunidades de trabalho e participaram da etapa inicial do processo de seleção.

Millman sustentou que uma vez chegados a Campo Grande, os cem venezuelanos selecionados foram recebidos pelo seu novo empregador e hospedados em casas temporárias postas à disposição pela sociedade civil para as primeiras semanas.

Um dos maiores objetivos deste programa, no qual a OIM colabora com o Exército brasileiro, é reduzir a pressão que há sobre o estado de Roraima, por ser o ponto de entrada de migrantes da Venezuela no Brasil, e facilitar ao mesmo tempo a integração dessas pessoas em outras partes do país.

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