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Obra da Tamoios, em São Paulo, encarece R$ 860 milhões

Os novos valor e prazo constam do projeto de lei do governo Geraldo Alckmin (PSDB) aprovado ontem pela Assembleia Legislativa


	O preço final representa um acréscimo nominal de R$ 1,26 bilhão, ou 65% em relação ao custo da obra previsto no fim de 2012 no projeto de lei que Alckmin enviou ao Legislativo
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O preço final representa um acréscimo nominal de R$ 1,26 bilhão, ou 65% em relação ao custo da obra previsto no fim de 2012 no projeto de lei que Alckmin enviou ao Legislativo (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 07h59.

São Paulo - O futuro trecho da Nova Tamoios (SP-099), no litoral norte de São Paulo, vai ficar R$ 860 milhões mais caro e deve ser totalmente concluído só em 2019, três anos após a previsão inicial.

As obras do contorno viário de 33,9 quilômetros que ligará Caraguatatuba a São Sebastião tem como objetivo reduzir o trânsito na área urbana das duas cidades, que costuma ficar travada nos feriados.

Os novos valor e prazo constam do projeto de lei do governo Geraldo Alckmin (PSDB) aprovado ontem pela Assembleia Legislativa, que autoriza o Estado a contrair empréstimo de mais R$ 750 milhões para financiar a obra.

Segundo o texto, o custo total do empreendimento será de R$ 3,2 bilhões e a entrega está prevista para 2019.

O preço final representa um acréscimo nominal de R$ 1,26 bilhão, ou 65% em relação ao custo da obra previsto no fim de 2012 no projeto de lei que Alckmin enviou ao Legislativo pedindo autorização para obter empréstimo de R$ 1 bilhão.

À época, todo o trecho estava orçado em R$ 1,94 bilhão e seria concluído em 2016.

Segundo a Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), estatal responsável pela obra, R$ 403 milhões do acréscimo devem-se à "cobertura do reajuste inflacionário dos contratos celebrados, desde 2013 (quando foram assinados) até o fim do empreendimento".

Outros R$ 315 milhões a mais serão destinados às desapropriações, que saltaram de R$ 85 milhões para R$ 400 milhões, com "com base na planta de valores e laudos prévios emitidos pela Justiça", segundo a companhia.

A Dersa afirma ainda que mais R$ 542 milhões adicionais ao previsto resultam de "novos elementos de engenharia, ajustes e aprimoramentos na geometria do traçado" que foram incorporados ao projeto básico para atender às exigências feitas para a obtenção do licenciamento ambiental.

"A companhia ressalta que, à exceção da correção inflacionária e do acréscimo percebido nas desapropriações, os demais itens referem-se a estimativas futuras. Até o presente momento, não houve aditivo de valor nas obras da Nova Tamoios Contornos. Portanto, não é correto dizer que o empreendimento apresenta sobrepreço", afirma a Dersa.

Prazo

As obras do trecho litorâneo da Tamoios estão divididas em quatro lotes e tiveram início em outubro de 2013. Chamado de Contorno Norte, o lote 1 tem 6,2 quilômetros entre Caraguatatuba e a Rodovia Manuel Hipólito Rego (SP-055) e deve ser entregue primeiro, em 2017, com o lote 2, que tem 18,4 quilômetros de extensão entre Caraguatatuba e o limite com São Sebastião, compreendendo parte do Contorno Sul. Ambos estão sendo executados pela Serveng Civilsan.

Já os outros dois lotes, que totalizam 9,3 quilômetros até o Porto de São Sebastião, devem ser entregues pela Queiroz Galvão no primeiro semestre de 2018, segundo a Dersa. "O prazo não será adiado. A entrega ao tráfego está mantida", afirma a companhia. Segundo a estatal, apenas "obras complementares" ficarão para 2019.

Duplicação

Os 33,9 quilômetros de novas pistas entre Caraguatatuba e São Sebastião são um dos três trechos do projeto de duplicação da Tamoios, uma antiga promessa de Alckmin. A ampliação de 48,9 quilômetros do trecho de planalto da rodovia foi entregue no início de 2014, ao custo de R$ 672,3 milhões.

Já o trecho de serra, de 21,5 km, deve ser iniciado ainda neste ano e a previsão é de que seja concluído até abril de 2020, conforme a Dersa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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