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OAB cobra de Dilma apoio público à reforma política

"A sociedade brasileira não mais admite a corrupção administrativa, quer uma reforma profunda do sistema eleitoral", afirmou presidente da instituição

Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ)  promove ato a favor da reforma política (Tânia Rêgo/ABr)

Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) promove ato a favor da reforma política (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 14h38.

Brasília - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Coelho, defendeu nesta segunda-feira, 21, que a presidente Dilma Rousseff dê uma declaração pública ainda nesta semana de apoio a uma proposta de reforma política.

A OAB, com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), lança nesta segunda-feira um anteprojeto de lei de iniciativa popular com o objetivo de obrigar o Congresso a votar imediatamente reivindicações como a reforma política que ataque a corrupção eleitoral e assegure liberdade ampla na internet.

"A sociedade brasileira não mais admite a corrupção administrativa, quer uma reforma profunda do sistema eleitoral de forma que as pessoas de bem possam entrar e continuar na política sem se submeter a relações espúrias com os financiadores de campanha", afirmou o presidente da OAB, aplaudido no ato realizado em conjunto pelo Conselho Federal da OAB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

Marcus Vinícius afirmou que o ato não tem a pretensão de substituir nem coordenar as manifestações de rua das duas últimas semanas. "Esses movimentos são legítimos e justos", disse, ao ressaltar que a Ordem respeita o "protagonismo" da sociedade brasileira.

O presidente da OAB declarou que a Ordem pretende dar "vazão institucional" às reclamações oriundas da sociedade. Ele defendeu a criação de um comitê de controle social dos gastos públicos no Brasil, um projeto de lei de forma a obrigar o governo federal a aplicar pelo menos 10% dos recursos do Orçamento Geral da União em saúde e também 10% do PIB na educação.

O grupo quer ainda a aprovação de uma lei dos usuários do serviço público, nos moldes do Código de Defesa do Consumidor. "Temos de criar os Procons dos serviços públicos", afirmou.

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