O que se sabe sobre o assassinato de mais um Guarani-Kaiowá
Na manhã de terça, o líder indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza Guarani-Kaiowá, agente de saúde da aldeia de Te’yikue, no Mato Grosso do Sul, foi morto
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 22h07.
Mais uma vítima. Mais um Guarani-Kaiowá. Na manhã de terça-feira (14), o líder indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza Guarani-Kaiowá, 26, agente de saúde da aldeia de Te’yikue, em Caarapó, no Mato Grosso do Sul , acabou morto.
O ataque feriu gravemente outras seis pessoas, entre elas, uma criança de 12 anos.
Segundo relatos do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Instituto Socioambiental (ISA), um grupo de cerca de 70 fazendeiros atacou os indígenas a tiros na Fazenda Yvu.
Segundo as duas entidades, os fazendeiros se aproximaram com caminhonetes, motocicletas e um trator e atiraram. Fugindo dos tiros, os indígenas correram para dentro da reserva e áreas próximas.
O vídeo abaixo mostra o ataque:
Os Guarani-Kaiowá ocupavam desde domingo (12) o território chamado de Toropaso, dentro da Fazenda Yvu. Esse território, reivindicado pelos indígenas, foi identificado pela Funai em maio como terra indígena, mas ainda não teve a demarcação confirmada.
“A gente foi empurrado de volta pra aldeia. Eles continuaram atrás e entraram na reserva, atacando. No meio desse ataque, o filho da nossa liderança caiu morto e as pessoas foram feridas. Estamos cercados aqui. Está tudo rodeado. Os fazendeiros estão em volta. Não podemos entrar e nem sair”, disse ao CIMI uma liderança indígena que preferiu não se identificar.
Estado de saúde
Informa o G1, que cinco dos seis índios feridos durante confronto na manhã de terça-feira estão no mesmo quarto do Hospital da Vida, em Dourados. Três deles passaram por cirurgia na terça-feira e eles respiram sem ajuda de aparelhos. Ainda não há previsão de alta, segundo informações da unidade de saúde.
O que diz o Ministério da Justiça
Em nota oficial, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou ter autorizado o envio da tropa da Força Nacional para reforçar a segurança pública no município de Caarapó. Mas não há qualquer indicativo de condenar o ataque violento até o momento.
"A Força Nacional irá auxiliar as Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, a fim de restabelecer a ordem pública e preservar a incolumidade das pessoas e do patrimônio. Atualmente, a Força já atua no Mato Grosso do Sul, na cidade de Ponta Porã, em apoio às ações de combate aos crimes fronteiriços", diz a nota.
Casos recentes
Em agosto de 2015, cerca de 80 indígenas ocuparam cinco fazendas vizinhas à aldeia em Antônio João (MS). Os fazendeiros agiram contra os índios, houve confronto e um indígena foi encontrado morto perto de um córrego, dentro de uma das fazendas.
Já em maio de 2013, um índio acabou morto e outros vários ficaram feridos durante a reintegração de posse de uma fazenda ocupada em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.
Com informações da Agência Brasil
Mais uma vítima. Mais um Guarani-Kaiowá. Na manhã de terça-feira (14), o líder indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza Guarani-Kaiowá, 26, agente de saúde da aldeia de Te’yikue, em Caarapó, no Mato Grosso do Sul , acabou morto.
O ataque feriu gravemente outras seis pessoas, entre elas, uma criança de 12 anos.
Segundo relatos do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Instituto Socioambiental (ISA), um grupo de cerca de 70 fazendeiros atacou os indígenas a tiros na Fazenda Yvu.
Segundo as duas entidades, os fazendeiros se aproximaram com caminhonetes, motocicletas e um trator e atiraram. Fugindo dos tiros, os indígenas correram para dentro da reserva e áreas próximas.
O vídeo abaixo mostra o ataque:
Os Guarani-Kaiowá ocupavam desde domingo (12) o território chamado de Toropaso, dentro da Fazenda Yvu. Esse território, reivindicado pelos indígenas, foi identificado pela Funai em maio como terra indígena, mas ainda não teve a demarcação confirmada.
“A gente foi empurrado de volta pra aldeia. Eles continuaram atrás e entraram na reserva, atacando. No meio desse ataque, o filho da nossa liderança caiu morto e as pessoas foram feridas. Estamos cercados aqui. Está tudo rodeado. Os fazendeiros estão em volta. Não podemos entrar e nem sair”, disse ao CIMI uma liderança indígena que preferiu não se identificar.
Estado de saúde
Informa o G1, que cinco dos seis índios feridos durante confronto na manhã de terça-feira estão no mesmo quarto do Hospital da Vida, em Dourados. Três deles passaram por cirurgia na terça-feira e eles respiram sem ajuda de aparelhos. Ainda não há previsão de alta, segundo informações da unidade de saúde.
O que diz o Ministério da Justiça
Em nota oficial, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou ter autorizado o envio da tropa da Força Nacional para reforçar a segurança pública no município de Caarapó. Mas não há qualquer indicativo de condenar o ataque violento até o momento.
"A Força Nacional irá auxiliar as Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, a fim de restabelecer a ordem pública e preservar a incolumidade das pessoas e do patrimônio. Atualmente, a Força já atua no Mato Grosso do Sul, na cidade de Ponta Porã, em apoio às ações de combate aos crimes fronteiriços", diz a nota.
Casos recentes
Em agosto de 2015, cerca de 80 indígenas ocuparam cinco fazendas vizinhas à aldeia em Antônio João (MS). Os fazendeiros agiram contra os índios, houve confronto e um indígena foi encontrado morto perto de um córrego, dentro de uma das fazendas.
Já em maio de 2013, um índio acabou morto e outros vários ficaram feridos durante a reintegração de posse de uma fazenda ocupada em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.
Com informações da Agência Brasil