O que o Brasil pode ensinar ao mundo sobre viver bem
A exuberância, a beleza natural e o comércio inovador do maior pais da América do Sul tem capturado a imaginação do público
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 11h12.
Nossa série “Vivendo bem, em locação” explora cidades e países ao redor do mundo. Como que outras pessoas buscam a saúde e a felicidade? Vamos descobrir de costa a costa, de país a país.
O Brasil carrega uma imagem charmosa na imaginação do público, graças a sua beleza física inigualável, sua valiosa arte e cultura e o calor incrível com qual os brasileiros recebem visitantes em seu país.
A riqueza natural do país é extraordinária: é o lar da maioria da Floresta Amazônica, da igualmente majestosa, porém menos conhecida Mata Atlântica, do Pantanal e do maior litoral de qualquer país da América do Sul.
Desde que a FIFA e o Comitê Olímpico anunciaram suas seleções do país e de sua cidade Rio de Janeiro como anfitriões das aguardadas Copa do Mundo e as Olimpíadas de Verão, o Brasil tem tido um certo momento no cenário mundial.
Mesmo que as notícias não tenham sido sempre positivas – recentemente, relatos de atrasos na construção de estádios têm erguido algumas sobrancelhas – a verdade é que a exuberância, a beleza natural e o comércio inovador do maior pais da América do Sul tem capturado a imaginação do público.
O Huffington Post US decidiu compilar algumas das maiores lições que nós podemos ensinar ao mundo sobre viver felizmente, bem e com saúde.
Felicidade é uma prioridade – e uma política
A natureza intrínseca e contagiante da alegria brasileira não pode ser subestimada – afetando a cultura e a política em medidas iguais.
Neste mesmo mês, a Fundação Getúlio Vargas anunciou a criação do Índice de Bem-Estar Brasil – uma medida de felicidade e de bem-estar que vai ser implementada em várias cidades do Brasil para ajudar funcionários públicos implementarem leis que apoiam e melhoram o bem-estar.
“Eles têm uma felicidade pela vida no Brasil igual a nenhum país que eu já vi,” disse Morena Baccarin, atriz nascida no Brasil e criada nos EUA, ao Wall Street Journal em 2009.
Esta atenção tem um impacto real em seus cidadãos: mulheres brasileiras foram consideradas as mulheres mais felizes do mundo de acordo com uma pesquisa índice conduzida pela FGV.
Na mesma pesquisa, o Brasil foi classificado como o pais mais feliz dos países BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – ou seja, o mais feliz dos países combatendo a desigualdade e as mudanças aceleradas de circunstâncias econômicas e sócio-políticas.
Celebrar é uma forma de viver
Brasileiros são mundialmente famosos por celebrarem o carnaval – o festival anual que precede o Quaresma. Entre as fantasias heróicas, música contagiosamente dançante e desfiles alegres, seria fácil dizer que o feriado é a maior celebração do ano no Brasil.
Mas isso seria errado: os brasileiros tornam todas as ocasiões – do festival da colheita nordestino São João até a estrondosa celebração do Ano Novo, o réveillon – em demonstrações de alegria, união comunal e expressão artística.
Brasileiros se exercitam bastante
Exercício é uma parte importante da vida do Brasil. Na verdade, o país tem a segunda maior indústria do fitness no mundo depois dos EUA.
Até fora da academia, esportes populares como o futebol, o voleibol, futevôlei, Capoeira, jiu-jitsu e polo são adequados para fazer o povo suar.
O resultado? Pesos médios e MICs dramaticamente menores do que nos EUA. De acordo com dados do governo, o peso médio de um homem brasileiro acima de 30 anos é 1m 68cm e 74kg (26.3 de MIC) e de uma mulher, 1m 57cm e 62kg (25.1 de MIC), comparado com os EUA, onde um homem comparável é 1m e 75cm e 90kg (29.5 de MIC) e uma mulher é 1m 63cm e 77kg (29 de MIC).
Brasileiros dão um jeito
Existe sempre, sempre uma maneira de conseguir algo. A mensagem de resistência e capacidade é central para a cultura brasileira, onde o conceito do jeitinho brasileiro, uma “maneira” alternativa ou atalho para conseguir o que você precisa é central para a vida diária. O “jeitinho” é uma forma diminutiva da palavra jeito, que quer dizer o modo ou a maneira de algo, e se refere ao jeito em que alguém pode driblar o ineficiente e às vezes corrupto embaraço burocrático brasileiro.
Os brasileiros já faziam suco antes de eles virarem moda
Existe um motivo por trás de todas as casas de suco chiques do bairro do SoHo, em Nova York, estarem armazenadas com frutos essenciais brasileiros como açaí, acerola e maracujá: os brasileiros vem consumindo sucos frescos pressionados há décadas. Casas de sucos não são só para estilistas esqueléticos em dieta, no Brasil, são para todos – e tão ubíquas como bodegas ou, como o escritor de viagens do New York Times Seth Kugel disse, diners americanos.
Aqui está a chave [para comer barato]: as casas de suco livres e rápidas das esquinas da cidade, onde balconistas anotam seu pedido e aparentam gritá-los – “laranja com papaia, sem açúcar!” – para uma parede de abacaxis, goiabas, maças e mangas. Um minuto ou dois mais tarde, um copo aparece em um buraco na parede, cheio de suco gelado, espumoso e delicioso.
Claro, estes bares carregam lanches fritos e algumas sobremesas, mas os sucos nutritivos, os smoothies e as saladas de fruta são as atrações principais. Isso tem muito a ver com o generosidade natural do Brasil: entre a biodiversidade incrível da Floresta Amazônica e a terra fértil da maioria do interior do pais, o numero de frutas indígenas do Brasil que são densas em nutrientes é incomparável. O resultado? Alimentos frescos, naturais, locais e nutritivos que também estão entre os mais baratos e os mais facilmente disponíveis.
Os brasileiros se rodeiam de beleza arquitetônica
Você pode desculpar brasileiros por serem satisfeitos com a beleza natural que os cerca – com vistas como a do topo do Corcovado, da Foz do Iguaçu e o do Rio Itaguaí na Floresta Amazônica. Até as paisagens costais mais banais são assim.
Mas isso não parou uma tradição valiosa de arquitetura, popularizada pelo famoso arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, responsável pelos edifícios mais sublimes do pai – assim como o plano arquitetônico completo de Brasília.
“As curvas são essenciais para o meu trabalho porque elas são a essência do Brasil, puro e simples,” disse Niemeyer do seu estilo de arquitetura. “Sou brasileiro antes de ser arquiteto. Não posso separar os dois.”
Diversidade é um estilo de vida
O caldo cultural étnico e racial que é o Brasil levou Henry Louis Gates Jr. a chamar o país de “a segunda nação mais negra do mundo”.
“O Brasil tem a segunda maior população negra – negro sendo definido por pessoas de descendência africana, na maneira em que definimos neste pais. Só perde para a Nigéria,” disse Gates. “Mas ninguém sabe disto.”
Ascendências indignas, nigerianas, portuguesas, italianas, alemãs, japonesas e coreanas são todas comuns, tornando o Brasil uma mistura realmente única. Porém, só porque é um caldo cultural, não quer dizer que também não seja um mosaico que respeita culturas e tradições distintas: em Salvador da Bahia, a maior cidade do nordeste, a cultura Yoruba do século 19 é tão bem-preservada (pelo histórico triste da cidade, sendo um ponto do mercado internacional de escravos) que estudantes da cultura e história nigeriana visitam a comunidade para estudar.
Cafezinho todo dia
Se você já viveu ou trabalhou no Brasil, você sabe que o tempo pode ser medido em copos pequenos, de tamanho expresso, de cafezinho, uma doze doce e forte de café que é consumida igualmente por empresários e estudantes. No total, os brasileiros bebem uma média de 5.8kg de café por pessoa, por ano, o que talvez ajude a melhorar a saúde cardíaca, prevenir diabete e alguns cânceres e até lutar contra a depressão.
Eles estão resolvendo o problema da desigualdade
Historicamente, a diferença enorme entre os pobres e os ricos tem sido a fonte da injustiça, problemas de saúde e falta de mobilidade. Mas isto está começando a mudar. Desigualdade do imposto de renda está diminuindo em uma média de 2.2% por ano, de acordo com uma pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Universidade de São Paulo.
Enquanto isso, a taxa de pobreza diminui 7.9% a cada ano – três vezes mais do que o ritmo que o grupo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU previu. E a concretização educacional está subindo, graças a um aumento de 60% das despesas públicas em escolas secundárias entre 2000 e 2009.
Todos fazem música para aumentar o bem-estar
A música brasileira é virtualmente imbatível no mundo pela sua diversidade em seu estilo e criação prolífica: do samba ao pagode, o axé, o forró e o brega do nordeste ao MPB, o rap e o funk carioca das cidades grandes até o choro, a tropicália e a bossa nova dos anos 60 (e sua renovação atual).
E no mais, a música é um evento que é fonte de multidões: não só as pessoas cantam junto nos shows, mas fazer música e as convenções da dança que seguem a música são pontos focais de festivais e festas.
E isto só pode ser uma coisa boa: fazer e escutar música melhora cognição, alivia o stress e melhora o funcionamento do sistema imune.
Acesso às praias é um direito civil
Um dos maiores recursos do Brasil talvez seja também o mais democrático: as praias. No Brasil, a praia é vista como um espaço público, cheio de diversidade e acessível a todos. Isso é importante porque o Brasil contem a maior extensão de linha costeira da América do Sul (e a 16a maior do mundo).
E acesso a aquela água é algo positivo: Vivendo próximo e visitando uma massa de água – ou “espaço azul” – está ligado a várias medidas de bem-estar, incluindo melhor humor, pressão sanguínea mais baixa e freqüência cardíaca acelerada. Existe até algumas evidencias de que morar próximo a um oceano, em particular, está relacionado a níveis de saúde mais altos.
Famílias brasileiras se mantêm conectadas
A maioria dos brasileiros dirão a você que a era da parentela – o conceito nordestino-brasileiro em que estruturas de família fechadas se estendem a primos, amigos de famílias e até empregados – desapareceu faz tempo. Naturalmente, o mesmo é verdade em culturas contemporâneas do mundo inteiro, famílias estão diminuindo e se espalhando mais por causa das forças progressivas como a urbanização e mais mulheres trabalhando, mas ainda existe um sentimento de união e conexão familiar na cultura brasileira.
Fortes laços de famílias e relações intimas com amizades duradoras são um dos maiores indicadores de longevidade e felicidade na vida. A parentela, de fato, é tão vital para a boa saúde, que se tornou um tema central de um estudo de 75 anos de Harvard.
Nossa série “Vivendo bem, em locação” explora cidades e países ao redor do mundo. Como que outras pessoas buscam a saúde e a felicidade? Vamos descobrir de costa a costa, de país a país.
O Brasil carrega uma imagem charmosa na imaginação do público, graças a sua beleza física inigualável, sua valiosa arte e cultura e o calor incrível com qual os brasileiros recebem visitantes em seu país.
A riqueza natural do país é extraordinária: é o lar da maioria da Floresta Amazônica, da igualmente majestosa, porém menos conhecida Mata Atlântica, do Pantanal e do maior litoral de qualquer país da América do Sul.
Desde que a FIFA e o Comitê Olímpico anunciaram suas seleções do país e de sua cidade Rio de Janeiro como anfitriões das aguardadas Copa do Mundo e as Olimpíadas de Verão, o Brasil tem tido um certo momento no cenário mundial.
Mesmo que as notícias não tenham sido sempre positivas – recentemente, relatos de atrasos na construção de estádios têm erguido algumas sobrancelhas – a verdade é que a exuberância, a beleza natural e o comércio inovador do maior pais da América do Sul tem capturado a imaginação do público.
O Huffington Post US decidiu compilar algumas das maiores lições que nós podemos ensinar ao mundo sobre viver felizmente, bem e com saúde.
Felicidade é uma prioridade – e uma política
A natureza intrínseca e contagiante da alegria brasileira não pode ser subestimada – afetando a cultura e a política em medidas iguais.
Neste mesmo mês, a Fundação Getúlio Vargas anunciou a criação do Índice de Bem-Estar Brasil – uma medida de felicidade e de bem-estar que vai ser implementada em várias cidades do Brasil para ajudar funcionários públicos implementarem leis que apoiam e melhoram o bem-estar.
“Eles têm uma felicidade pela vida no Brasil igual a nenhum país que eu já vi,” disse Morena Baccarin, atriz nascida no Brasil e criada nos EUA, ao Wall Street Journal em 2009.
Esta atenção tem um impacto real em seus cidadãos: mulheres brasileiras foram consideradas as mulheres mais felizes do mundo de acordo com uma pesquisa índice conduzida pela FGV.
Na mesma pesquisa, o Brasil foi classificado como o pais mais feliz dos países BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – ou seja, o mais feliz dos países combatendo a desigualdade e as mudanças aceleradas de circunstâncias econômicas e sócio-políticas.
Celebrar é uma forma de viver
Brasileiros são mundialmente famosos por celebrarem o carnaval – o festival anual que precede o Quaresma. Entre as fantasias heróicas, música contagiosamente dançante e desfiles alegres, seria fácil dizer que o feriado é a maior celebração do ano no Brasil.
Mas isso seria errado: os brasileiros tornam todas as ocasiões – do festival da colheita nordestino São João até a estrondosa celebração do Ano Novo, o réveillon – em demonstrações de alegria, união comunal e expressão artística.
Brasileiros se exercitam bastante
Exercício é uma parte importante da vida do Brasil. Na verdade, o país tem a segunda maior indústria do fitness no mundo depois dos EUA.
Até fora da academia, esportes populares como o futebol, o voleibol, futevôlei, Capoeira, jiu-jitsu e polo são adequados para fazer o povo suar.
O resultado? Pesos médios e MICs dramaticamente menores do que nos EUA. De acordo com dados do governo, o peso médio de um homem brasileiro acima de 30 anos é 1m 68cm e 74kg (26.3 de MIC) e de uma mulher, 1m 57cm e 62kg (25.1 de MIC), comparado com os EUA, onde um homem comparável é 1m e 75cm e 90kg (29.5 de MIC) e uma mulher é 1m 63cm e 77kg (29 de MIC).
Brasileiros dão um jeito
Existe sempre, sempre uma maneira de conseguir algo. A mensagem de resistência e capacidade é central para a cultura brasileira, onde o conceito do jeitinho brasileiro, uma “maneira” alternativa ou atalho para conseguir o que você precisa é central para a vida diária. O “jeitinho” é uma forma diminutiva da palavra jeito, que quer dizer o modo ou a maneira de algo, e se refere ao jeito em que alguém pode driblar o ineficiente e às vezes corrupto embaraço burocrático brasileiro.
Os brasileiros já faziam suco antes de eles virarem moda
Existe um motivo por trás de todas as casas de suco chiques do bairro do SoHo, em Nova York, estarem armazenadas com frutos essenciais brasileiros como açaí, acerola e maracujá: os brasileiros vem consumindo sucos frescos pressionados há décadas. Casas de sucos não são só para estilistas esqueléticos em dieta, no Brasil, são para todos – e tão ubíquas como bodegas ou, como o escritor de viagens do New York Times Seth Kugel disse, diners americanos.
Aqui está a chave [para comer barato]: as casas de suco livres e rápidas das esquinas da cidade, onde balconistas anotam seu pedido e aparentam gritá-los – “laranja com papaia, sem açúcar!” – para uma parede de abacaxis, goiabas, maças e mangas. Um minuto ou dois mais tarde, um copo aparece em um buraco na parede, cheio de suco gelado, espumoso e delicioso.
Claro, estes bares carregam lanches fritos e algumas sobremesas, mas os sucos nutritivos, os smoothies e as saladas de fruta são as atrações principais. Isso tem muito a ver com o generosidade natural do Brasil: entre a biodiversidade incrível da Floresta Amazônica e a terra fértil da maioria do interior do pais, o numero de frutas indígenas do Brasil que são densas em nutrientes é incomparável. O resultado? Alimentos frescos, naturais, locais e nutritivos que também estão entre os mais baratos e os mais facilmente disponíveis.
Os brasileiros se rodeiam de beleza arquitetônica
Você pode desculpar brasileiros por serem satisfeitos com a beleza natural que os cerca – com vistas como a do topo do Corcovado, da Foz do Iguaçu e o do Rio Itaguaí na Floresta Amazônica. Até as paisagens costais mais banais são assim.
Mas isso não parou uma tradição valiosa de arquitetura, popularizada pelo famoso arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, responsável pelos edifícios mais sublimes do pai – assim como o plano arquitetônico completo de Brasília.
“As curvas são essenciais para o meu trabalho porque elas são a essência do Brasil, puro e simples,” disse Niemeyer do seu estilo de arquitetura. “Sou brasileiro antes de ser arquiteto. Não posso separar os dois.”
Diversidade é um estilo de vida
O caldo cultural étnico e racial que é o Brasil levou Henry Louis Gates Jr. a chamar o país de “a segunda nação mais negra do mundo”.
“O Brasil tem a segunda maior população negra – negro sendo definido por pessoas de descendência africana, na maneira em que definimos neste pais. Só perde para a Nigéria,” disse Gates. “Mas ninguém sabe disto.”
Ascendências indignas, nigerianas, portuguesas, italianas, alemãs, japonesas e coreanas são todas comuns, tornando o Brasil uma mistura realmente única. Porém, só porque é um caldo cultural, não quer dizer que também não seja um mosaico que respeita culturas e tradições distintas: em Salvador da Bahia, a maior cidade do nordeste, a cultura Yoruba do século 19 é tão bem-preservada (pelo histórico triste da cidade, sendo um ponto do mercado internacional de escravos) que estudantes da cultura e história nigeriana visitam a comunidade para estudar.
Cafezinho todo dia
Se você já viveu ou trabalhou no Brasil, você sabe que o tempo pode ser medido em copos pequenos, de tamanho expresso, de cafezinho, uma doze doce e forte de café que é consumida igualmente por empresários e estudantes. No total, os brasileiros bebem uma média de 5.8kg de café por pessoa, por ano, o que talvez ajude a melhorar a saúde cardíaca, prevenir diabete e alguns cânceres e até lutar contra a depressão.
Eles estão resolvendo o problema da desigualdade
Historicamente, a diferença enorme entre os pobres e os ricos tem sido a fonte da injustiça, problemas de saúde e falta de mobilidade. Mas isto está começando a mudar. Desigualdade do imposto de renda está diminuindo em uma média de 2.2% por ano, de acordo com uma pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Universidade de São Paulo.
Enquanto isso, a taxa de pobreza diminui 7.9% a cada ano – três vezes mais do que o ritmo que o grupo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU previu. E a concretização educacional está subindo, graças a um aumento de 60% das despesas públicas em escolas secundárias entre 2000 e 2009.
Todos fazem música para aumentar o bem-estar
A música brasileira é virtualmente imbatível no mundo pela sua diversidade em seu estilo e criação prolífica: do samba ao pagode, o axé, o forró e o brega do nordeste ao MPB, o rap e o funk carioca das cidades grandes até o choro, a tropicália e a bossa nova dos anos 60 (e sua renovação atual).
E no mais, a música é um evento que é fonte de multidões: não só as pessoas cantam junto nos shows, mas fazer música e as convenções da dança que seguem a música são pontos focais de festivais e festas.
E isto só pode ser uma coisa boa: fazer e escutar música melhora cognição, alivia o stress e melhora o funcionamento do sistema imune.
Acesso às praias é um direito civil
Um dos maiores recursos do Brasil talvez seja também o mais democrático: as praias. No Brasil, a praia é vista como um espaço público, cheio de diversidade e acessível a todos. Isso é importante porque o Brasil contem a maior extensão de linha costeira da América do Sul (e a 16a maior do mundo).
E acesso a aquela água é algo positivo: Vivendo próximo e visitando uma massa de água – ou “espaço azul” – está ligado a várias medidas de bem-estar, incluindo melhor humor, pressão sanguínea mais baixa e freqüência cardíaca acelerada. Existe até algumas evidencias de que morar próximo a um oceano, em particular, está relacionado a níveis de saúde mais altos.
Famílias brasileiras se mantêm conectadas
A maioria dos brasileiros dirão a você que a era da parentela – o conceito nordestino-brasileiro em que estruturas de família fechadas se estendem a primos, amigos de famílias e até empregados – desapareceu faz tempo. Naturalmente, o mesmo é verdade em culturas contemporâneas do mundo inteiro, famílias estão diminuindo e se espalhando mais por causa das forças progressivas como a urbanização e mais mulheres trabalhando, mas ainda existe um sentimento de união e conexão familiar na cultura brasileira.
Fortes laços de famílias e relações intimas com amizades duradoras são um dos maiores indicadores de longevidade e felicidade na vida. A parentela, de fato, é tão vital para a boa saúde, que se tornou um tema central de um estudo de 75 anos de Harvard.