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O desafio da compensação necessária em Mariana

Presidente da fundação Renova lida com indenizações, reassentamentos, recuperação da água e reflorestamento.

Mariana: parte das indenizações é considerada a mais complexa, mas a Renova diz que já iniciou os processos de pagamento (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Mariana: parte das indenizações é considerada a mais complexa, mas a Renova diz que já iniciou os processos de pagamento (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de novembro de 2017 às 10h27.

Mariana (MG) - Roberto Waack, de 57 anos, tem uma missão nada fácil. Presidente da Renova, fundação criada com a missão de implementar e gerir os programas de reparação dos impactados do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ele lida com indenizações, reassentamentos, recuperação da água e reflorestamento.

O auxílio emergencial é pago a 8 mil pessoas. Só 180 mil foram ressarcidas pela falta de água - de um total de 450 mil afetados. Outros estão em fase final de negociação.

A parte das indenizações é considerada a mais complexa, mas a Renova diz que já iniciou os processos de pagamento. "É difícil estimar todas as atividades econômicas de cada um, pesca, pousada, agronegócio, fora danos morais."

Waack admite lentidão. "Demorou sim. Mas não é um processo trivial", afirma. "Por exemplo: 80% dos pescadores (que viviam da pesca no Rio Doce e afluentes) são informais, não têm como comprovar as perdas. Tivemos de buscar outras formas de comprovar isso." A indignação de grupos afetados é "justificável", segundo ele. "Elas (as vítimas) querem receber o dinheiro e têm razão."

Sobre a recuperação ambiental, garante não haver vazamento de rejeitos e destaca que a água voltou a ser potável. Muitos moradores, porém, continuam bebendo água mineral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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