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NYT diz que fumaça dos incêndios da Amazônia "cheira a dinheiro"

Segundo o texto, nas últimas décadas, até 450 mil quilômetros quadrados de floresta foram suprimidos para dar lugar a pastos

Amazônia: The New York Times publicou reportagem especial na qual fala sobre "milhares de incêndios intencionais" na floresta (Bruno Kelly/Reuters)

Amazônia: The New York Times publicou reportagem especial na qual fala sobre "milhares de incêndios intencionais" na floresta (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de novembro de 2019 às 14h25.

Última atualização em 2 de novembro de 2019 às 14h26.

O jornal americano The New York Times publicou neste sábado, 2, reportagem especial na qual fala sobre "milhares de incêndios intencionais" na floresta amazônica, visando transformar áreas de mata em espaço para a criação de gado, continuam como um grande problema na região.

A título da reportagem assinada pelo jornalista Clifford Krauss, enviado a Altamira (PA), fala que a "a fumaça (dos incêndios para desmatamento) cheira a dinheiro". Segundo o texto, estimativa da Escola de Silvicultura de Yale indica que, nas últimas décadas, até 450 mil quilômetros quadrados de floresta foram suprimidos para dar lugar a pastos.

"Há regras governamentais que monitoram e regulam o desmatamento causado por pecuaristas e outros agentes, mas elas são aplicadas ao acaso na melhor das hipóteses, com tentativas de fiscalização dificultadas pela vastidão e pelo afastamento da Floresta Amazônica", diz a reportagem.

"O policiamento da Amazônia se tornou ainda menos prioritário desde que teve início em janeiro o governo de Jair Bolsonaro, um populista de direita que coloca o desenvolvimento econômico à frente de preocupações ambientais."

Segundo o jornal, apesar de os três maiores frigoríficos do País terem se comprometido a não comprar gado de fazendas conhecidas pelo uso de terras ilegalmente desflorestadas, um esquema de "lavagem" torna difícil a identificação. O gado costuma nascer e ser engordado em terras desflorestadas e, depois, vendido para uma fazenda que obedeça às convenções ambientais internacionais, de onde segue para os frigoríficos.

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