"Nunca estive tão próximo de Temer", afirma Renan
Renan Calheiros negou afirmações de que estaria assumindo uma oposição ao presidente interino Michel Temer
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 11h36.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu afirmações de que estaria se colocando em oposição ao presidente em exercício, Michel Temer . "Nunca estivemos tão próximos", disse o senador.
Renan alega que tem se comunicado frequentemente com o presidente em exercício e que Temer pediu a ele que retomasse a Agenda Brasil.
Segundo Renan, suas colocações sobre propostas do governo foram interpretadas de modo equivocado.
"Eu não disse que era contra o reajuste de servidores, eu vou ajudar a votar. O que eu cobrei foram explicações da situação fiscal e se há um déficit tão grande", argumentou.
Nessa semana, entretanto, Renan jogou um balde de água fria no governo ao afirmar que "medidas de ajuste não deveriam ser votadas antes da conclusão do processo de impeachment", em referência ao projeto de teto dos gastos, uma das prioridades da equipe econômica de Temer.
Apesar das críticas, o presidente do Senado afirmou que tem se encontrado e conversado com Temer por telefone em diversas ocasiões para discutir a pauta do governo. A situação teria deixado os dois políticos - que têm um histórico de desavenças - mais próximos.
Indicação
Um exemplo da tal aproximação mencionada por Renan seria a indicação de um nome de confiança para o Itamaraty.
Renan afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, será o novo embaixador do Brasil na Bélgica. O funcionário é seu braço direito no Senado.
"A indicação reforça um costume mundial de que o embaixador é uma nomeação política. Só no Brasil temos embaixadores que são funcionários de carreira do Itamaraty", disse Renan.
Agenda Brasil
Outra sinalização é a retomada da Agenda Brasil, uma das principais bandeiras de Renan durante o governo Dilma. Com a chegada do governo interino de Temer, a comissão especial que avalia projetos de "desburocratização" e "dinamização econômica" ficou parada.
De acordo com Renan, foi Temer quem pediu que a agenda seja retomada.
A comissão deve voltar aos trabalhos na próxima semana, mas antes o colegiado precisa ser recomposto. O relator da comissão, senador Blairo Maggi (PR-MT) assumiu o Ministério da Agricultura e não conduzirá mais trabalhos no Senado.
Além disso, Renan ponderou que muitos membros da Agenda Brasil estão também na Comissão do Impeachment do Senado, o que acaba esvaziando o quórum do colegiado de desenvolvimento.
Seu objetivo é montar um novo grupo de trabalho, sem senadores da comissão que avalia o impedimento de Dilma Rousseff.
A sugestão causaria baixas tanto no governo quanto na oposição. Oito senadores que são hoje membros titulares da Agenda Brasil estão também na Comissão do Impeachment.
Os novos nomes ainda não estão definidos, mas Renan convidou a senadora Kátia Abreu (PMDB-MS), que voltou ao Senado ao deixar o Ministério da Agricultura.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu afirmações de que estaria se colocando em oposição ao presidente em exercício, Michel Temer . "Nunca estivemos tão próximos", disse o senador.
Renan alega que tem se comunicado frequentemente com o presidente em exercício e que Temer pediu a ele que retomasse a Agenda Brasil.
Segundo Renan, suas colocações sobre propostas do governo foram interpretadas de modo equivocado.
"Eu não disse que era contra o reajuste de servidores, eu vou ajudar a votar. O que eu cobrei foram explicações da situação fiscal e se há um déficit tão grande", argumentou.
Nessa semana, entretanto, Renan jogou um balde de água fria no governo ao afirmar que "medidas de ajuste não deveriam ser votadas antes da conclusão do processo de impeachment", em referência ao projeto de teto dos gastos, uma das prioridades da equipe econômica de Temer.
Apesar das críticas, o presidente do Senado afirmou que tem se encontrado e conversado com Temer por telefone em diversas ocasiões para discutir a pauta do governo. A situação teria deixado os dois políticos - que têm um histórico de desavenças - mais próximos.
Indicação
Um exemplo da tal aproximação mencionada por Renan seria a indicação de um nome de confiança para o Itamaraty.
Renan afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, será o novo embaixador do Brasil na Bélgica. O funcionário é seu braço direito no Senado.
"A indicação reforça um costume mundial de que o embaixador é uma nomeação política. Só no Brasil temos embaixadores que são funcionários de carreira do Itamaraty", disse Renan.
Agenda Brasil
Outra sinalização é a retomada da Agenda Brasil, uma das principais bandeiras de Renan durante o governo Dilma. Com a chegada do governo interino de Temer, a comissão especial que avalia projetos de "desburocratização" e "dinamização econômica" ficou parada.
De acordo com Renan, foi Temer quem pediu que a agenda seja retomada.
A comissão deve voltar aos trabalhos na próxima semana, mas antes o colegiado precisa ser recomposto. O relator da comissão, senador Blairo Maggi (PR-MT) assumiu o Ministério da Agricultura e não conduzirá mais trabalhos no Senado.
Além disso, Renan ponderou que muitos membros da Agenda Brasil estão também na Comissão do Impeachment do Senado, o que acaba esvaziando o quórum do colegiado de desenvolvimento.
Seu objetivo é montar um novo grupo de trabalho, sem senadores da comissão que avalia o impedimento de Dilma Rousseff.
A sugestão causaria baixas tanto no governo quanto na oposição. Oito senadores que são hoje membros titulares da Agenda Brasil estão também na Comissão do Impeachment.
Os novos nomes ainda não estão definidos, mas Renan convidou a senadora Kátia Abreu (PMDB-MS), que voltou ao Senado ao deixar o Ministério da Agricultura.