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Número de casos monitorados de coronavírus no Brasil cai de 16 para 14

Dois casos foram descartados nas últimas 24 horas. São Paulo é o estado com maior número de suspeitas

Partículas do coronavírus da MERS (National Institute for Allergy and Infectious Diseases/Handout via Reuters/Reuters)

Partículas do coronavírus da MERS (National Institute for Allergy and Infectious Diseases/Handout via Reuters/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 18h00.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2020 às 20h06.

São Paulo - O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (03) que monitora 14 casos suspeitos para o coronavírus em sete estados. Até o momento nenhum caso foi confirmado.

Os estados com casos suspeitos são: São Paulo (3), Paraná (2), Minas Gerais (1), Ceará (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (1) e Santa Catarina (1).

Neste domingo (02), 16 casos eram monitorados, mas de um dia para o outro, duas suspeitas foram descartadas.

Estado de emergência

O governo brasileiro vai decretar estado de emergência sanitária internacional para o coronavírus para agilizar o processo de preparação do país para receber os brasileiros que serão trazidos de Wuhan, na China, disse nesta segunda-feira (3) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O ministro ressaltou que o governo brasileiro pretendia esperar a decretação do estado de emergência para o caso do Brasil confirmar um caso da doença. No entanto, decidiu antecipar a medida para que possam ser adquiridos equipamentos, medicamentos e outras materiais necessários para a quarentena em que serão postos os brasileiros que vierem de Wuhan.

“Vamos entrar em um nível 3 por um ato discricionário do ministro da Saúde para poder dar as condições dos demais órgãos poderem fazer contratação. Como se faz um avião sair daqui até a China, as pessoas que vão ter que ser designadas para ficar em um ambiente que vai ser espaço de quarentena, equipamentos, enfim. Que é uma situação totalmente de atípica”, disse o ministro depois de uma reunião no Palácio do Planalto onde foi discutido o atendimento aos brasileiros que devem ser trazidos de Wuhan.

O ministério da saúde informou que 55 brasileiros pediram para voltar ao Brasil, 14 preferiram ficar na China e uma pessoa ainda não se decidiu.

O Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea Brasileira, trabalha na elaboração do plano de voo da aeronave, possivelmente fretada, que será enviada à China.

Quarentena

Nesta semana o governo vai enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória para “consolidar” a legislação referente à quarentena que será aplicada aos brasileiros que estão na China e que vão retornar ao Brasil.

De acordo com o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, o governo definiu em 18 dias o período de quarentena.

“O período de incubação que a gente usa para critério clínico são 14 dias. Então, por exemplo, uma pessoa que esteve nesse local em 14 dias, é o que a gente está usando como critério para ver nexo causal. Como esse é o [critério] que está sendo usado para a população geral, para esses [os repatriados] nós vamos aumentar 20%, então vão ser 18 dias”, destacou Mandetta.

Segundo o ministério, os brasileiros vão ficar em alojamentos individuais. O local onde será realizada a quarentena, no entanto, ainda não foi definido. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, citou como possibilidade Anápolis (GO), Florianópolis (SC) ou uma cidade do Nordeste.

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