Novo Código de Processo Civil será votado hoje por capítulo
matéria seria votada ontem, 29 mas faltou consenso entre os parlamentares
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 12h26.
Brasília - A votação dos projetos que modernizam o Código de Processo Civil (CPC ) - PL 8046/10, e PL 6025/05 só devem ocorrer em uma segunda etapa da sessão marcada para a tarde de hoje (30) na Câmara dos Deputados . A matéria seria votada ontem (29), mas faltou consenso entre os parlamentares.
Para garantir que a Casa avance na pauta que já está limitada pelo trancamento com o Marco Civil da Internet que não foi apreciado no prazo de urgência, os líderes partidários decidiram colocar como primeiro item de votação em plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 103/11) que prorroga por 50 anos os incentivos concedidos às empresas instaladas na região da Zona Franca de Manaus.
“Vamos votar em primeiro lugar a PEC já que é consenso, e, em seguida, o CPC, sem hora para acabar”, explicou o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Essas empresas contariam com os benefícios tributários até 2023. No início do mês a comissão especial que tratava sobre a matéria aprovou o ano de 2073 como novo prazo final para as isenções.
Apenas quando o assunto estiver concluído, os deputados vão discutir os cinco capítulos do CPC. “Teremos cinco subrelatores que vão detalhar cada capítulo. Foi o nosso entendimento para chegar a uma discussão completa, sabendo os detalhes de cada capítulo”, disse Caiado.
Mesmo na expectativa de uma discussão longa, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse que espera o esforço dos líderes para que a matéria seja concluída até o final da noite de hoje.
Os parlamentares esperam esclarecer dúvidas sobre pontos do texto final apresentado pelo relator da matéria, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Mas Teixeira acredita que existe um consenso em torno do texto.
“Passamos dois anos dialogando com a sociedade, com processualistas e operadores do direito e, no último ano, conversamos muito dentro do Parlamento. Temos só cinco destaques e creio que teremos só a votação de um ou dois destaques. O texto está maduro para ser votado na noite de hoje”, afirmou.
O otimismo, segundo ele, é resultado de uma reivindicação unânime por melhorias nos processos judiciais e Teixeira explicou que o projeto cria mecanismos para agilizar as ações na Justiça.
“Em primeiro lugar vamos fazer com que todos os casos sejam inicialmente objeto de mediação ou conciliação. Assim o que for para o juiz é o que não foi possível resolver por esse meio. Estamos também acabando com os recurso de admissibilidades, que é o que o juíz que já decidiu [sobre o caso] também ter que decidir se a ação vai para [a Justiça de segundo grau] ou para o Superior Tribunal de Justiça”, afirmou, calculando que o fim do recurso vai gerar uma economia de quase três anos de tramitação de processos civis.
A proposta ainda estabelece regras para a tramitação de processos considerados não penais, como os que tratam de direito de família, do consumidor e de trabalhadores.
O projeto prevê, por exemplo, que causas repetidas sejam julgadas de uma vez só. Ou seja, no caso de uma ação de contestação de contratos de serviços como água e luz, a decisão sobre a primeira causa será aplicada em todos os outros processos que tratarem da mesma questão.
Apesar de ser consenso a necessidade de dar maior celeridade ao Judiciário nos casos previstos neste código, o relator da matéria sabe que vai esbarrar em resistências sobre, pelo menos, um ponto: o que trata de uma espécie de gratificação de desempenho para advogados públicos em causas em que o Estado ganhar de um particular e for ressarcido financeiramente.
“Estamos remetendo a lei futura que pode definir que recursos possam ser destinados a aparelhar a Advocacia Pública, mas parcela deles ser rateadas entre advogados públicos. Isso já ocorre em alguns estados e em outras carreiras de Estado que recebem alguma gratificação por desempenho, como é o caso do fiscal da Receita Federal”, disse Teixeira.
A sessão do plenário está marcada para começar as 15h.
Brasília - A votação dos projetos que modernizam o Código de Processo Civil (CPC ) - PL 8046/10, e PL 6025/05 só devem ocorrer em uma segunda etapa da sessão marcada para a tarde de hoje (30) na Câmara dos Deputados . A matéria seria votada ontem (29), mas faltou consenso entre os parlamentares.
Para garantir que a Casa avance na pauta que já está limitada pelo trancamento com o Marco Civil da Internet que não foi apreciado no prazo de urgência, os líderes partidários decidiram colocar como primeiro item de votação em plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 103/11) que prorroga por 50 anos os incentivos concedidos às empresas instaladas na região da Zona Franca de Manaus.
“Vamos votar em primeiro lugar a PEC já que é consenso, e, em seguida, o CPC, sem hora para acabar”, explicou o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Essas empresas contariam com os benefícios tributários até 2023. No início do mês a comissão especial que tratava sobre a matéria aprovou o ano de 2073 como novo prazo final para as isenções.
Apenas quando o assunto estiver concluído, os deputados vão discutir os cinco capítulos do CPC. “Teremos cinco subrelatores que vão detalhar cada capítulo. Foi o nosso entendimento para chegar a uma discussão completa, sabendo os detalhes de cada capítulo”, disse Caiado.
Mesmo na expectativa de uma discussão longa, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse que espera o esforço dos líderes para que a matéria seja concluída até o final da noite de hoje.
Os parlamentares esperam esclarecer dúvidas sobre pontos do texto final apresentado pelo relator da matéria, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Mas Teixeira acredita que existe um consenso em torno do texto.
“Passamos dois anos dialogando com a sociedade, com processualistas e operadores do direito e, no último ano, conversamos muito dentro do Parlamento. Temos só cinco destaques e creio que teremos só a votação de um ou dois destaques. O texto está maduro para ser votado na noite de hoje”, afirmou.
O otimismo, segundo ele, é resultado de uma reivindicação unânime por melhorias nos processos judiciais e Teixeira explicou que o projeto cria mecanismos para agilizar as ações na Justiça.
“Em primeiro lugar vamos fazer com que todos os casos sejam inicialmente objeto de mediação ou conciliação. Assim o que for para o juiz é o que não foi possível resolver por esse meio. Estamos também acabando com os recurso de admissibilidades, que é o que o juíz que já decidiu [sobre o caso] também ter que decidir se a ação vai para [a Justiça de segundo grau] ou para o Superior Tribunal de Justiça”, afirmou, calculando que o fim do recurso vai gerar uma economia de quase três anos de tramitação de processos civis.
A proposta ainda estabelece regras para a tramitação de processos considerados não penais, como os que tratam de direito de família, do consumidor e de trabalhadores.
O projeto prevê, por exemplo, que causas repetidas sejam julgadas de uma vez só. Ou seja, no caso de uma ação de contestação de contratos de serviços como água e luz, a decisão sobre a primeira causa será aplicada em todos os outros processos que tratarem da mesma questão.
Apesar de ser consenso a necessidade de dar maior celeridade ao Judiciário nos casos previstos neste código, o relator da matéria sabe que vai esbarrar em resistências sobre, pelo menos, um ponto: o que trata de uma espécie de gratificação de desempenho para advogados públicos em causas em que o Estado ganhar de um particular e for ressarcido financeiramente.
“Estamos remetendo a lei futura que pode definir que recursos possam ser destinados a aparelhar a Advocacia Pública, mas parcela deles ser rateadas entre advogados públicos. Isso já ocorre em alguns estados e em outras carreiras de Estado que recebem alguma gratificação por desempenho, como é o caso do fiscal da Receita Federal”, disse Teixeira.
A sessão do plenário está marcada para começar as 15h.